Os vereadores do PS na Câmara de Bragança pediram hoje que seja averiguada a razão da dimensão do surto de covid-19 nos lares da Misericórdia e se a instituição cumpriu as regras e protocolos de segurança.

Os dois eleitos socialistas, Nuno Moreno e Graça Patrício, divulgaram hoje à comunicação social a posição assumida na reunião de câmara do executivo liderado pelo social-democrata Hernâni Dias, que tem coordenado a situação na Santa Casa da Misericórdia de Bragança, na qualidade de responsável máximo municipal pela Proteção Civil.

O balanço provisório do surto dos lares da instituição é de 10 mortes, 107 utentes e 46 funcionários infetados e os vereadores socialistas entendem que “importa averiguar por que razão este surto ganhou esta dimensão tão elevada”.

“Perceber se, logo no início do surto, foram descuradas, ou não aplicadas, as regras de segurança ou os protocolos sanitários exigíveis à situação”, concretizam.

A Santa Casa da Misericórdia de Bragança (SCMB) já reconheceu publicamente que houve falhas com o porta-voz, José Fernandes, a garantir que o assunto “há de ser debatido e se falhou alguma coisa” será corrigida.

O PS entende que esta afirmação não é suficiente porque a comunidade local continua “na ignorância quanto a essas falhas e, sobretudo, sem conhecer a posição oficial da SCMB, sob a forma informativa ou de mero esclarecimento, quanto a saber e perceber como tudo aconteceu”.

Os vereadores da oposição justificam a tomada de posição com “a relevância, o alarme e o impacto social do surto na Santa Casa da Misericórdia na comunidade de Bragança” e referem que discordam “frontalmente de aproveitamentos políticos com base na exploração de factos relacionados com os surtos”.

“Entendemos que esta hora é de união e de congregação de esforços entre todas as entidades locais, sejam as de saúde, sejam de outras áreas, e que a melhor política não é a de incutir medo, pânico e alarme social, mas a de fazer uma gestão equilibrada, sensata e com aplicação de medidas adequadas e proporcionais, sem cair em exageros, extremismos, que acabam por ser contraproducentes”, sustentam.

Para os socialistas, “este momento é o de controlar a situação, repor a normalidade, cuidar dos doentes e dos infetados e aplicar e reforçar as medidas que evitem a repetição de situações semelhantes”.

HFI // JAP - Lusa, Foto: Paulo Barreira



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