O PSD escolheu o empresário não militante Luís Tão para encabeçar a lista à Câmara de Vila Real e reconquistar a autarquia da capital de distrito, depois de dois mandatos de poder socialista.
Esta candidatura à Câmara de Vila Real representa a entrada de Luís Tão na política, encabeçando a lista social-democrata como independente.
O candidato remete declarações para a apresentação oficial da candidatura, que deverá realizar-se durante este mês de junho.
No dia em que foi confirmado o nome de Luís Tão, em 23 de março, a concelhia do PSD afirmou, em comunicado, que o “processo de escolha decorreu de forma séria, tranquila e ponderada”, e que acredita que, pelas capacidades e qualidades humanas, pessoais, profissionais e pelo gosto que tem pela sua terra e pelo seu concelho”, Luís Tão é a melhor escolha “para liderar os destinos da autarquia, em alternativa à atual governação socialista”.
Considerou ainda que é “o único capaz de voltar a unir os vila-realenses no propósito de colocar as pessoas e Vila Real em primeiro lugar nas ações políticas, nas preocupações, nos interesses e objetivos comuns”.
O PSD poderá apresentar-se a estas eleições autárquicas coligado com o CDS-PP.
O empresário Luis Tão é natural de Vila Real, sócio-gerente da empresa GASVAL, foi presidente da Associação Empresarial de Vila Real (NERVIR), entre 2011 e 2019, e é licenciado em engenharia mecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
Entre 2011 e 2019, desempenhou o cargo de vice-presidente do Conselho Geral da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), da direção da Associação Industrial Portuguesa (AIP) e da direção da Associação Douro Histórico (ADH).
Passou ainda pelo Rotary Club de Vila Real e foi vice-presidente da direção do Ginásio Clube de Vila Real.
O PS ganhou a Câmara de Vila Real pela primeira vez em 2013 com uma lista encabeçada por Rui Santos, que ainda pode recandidatar-se a um terceiro mandato.
Nas autárquicas de 2013, o então presidente da Câmara de Vila Real, o social-democrata Manuel Martins, não pôde recandidatar-se ao cargo devido à lei de limitação de mandatos (chegou a cumprir cinco), pelo que o PSD escolheu para lhe suceder o professor António Carvalho, que voltou a encabeçar a lista do PSD em 2017.
Nas mais recentes autárquicas, os socialistas venceram as eleições autárquicas na capital do distrito transmontano com 20.236 votos (64,40%), tendo o PSD conseguido 7.973 votos (25,37%).
O PS conquistou sete mandatos, com Rui Santos a presidir ao executivo, e o PSD dois.
As eleições autárquicas não têm ainda data anunciada, mas, segundo a lei, realizam-se entre setembro e outubro.
*** Paula Lima, da agência Lusa ***