O PSD recomendou ao Governo a criação de uma Unidade de Cuidados Intermédios (UCIM) no Hospital de Chaves, por não existir nenhuma cama desta valência na unidade hospitalar que serve a região do Alto Tâmega, foi hoje divulgado.
No projeto de resolução a que a Lusa teve hoje acesso, apresentado pelos deputados sociais-democratas eleitos pelo distrito de Vila Real, Cláudia Bento, Luís Leite Ramos e Artur Andrade, é recomendado ao Governo que “avalie a possibilidade de criação UCIM na Unidade de Chaves”, no distrito de Vila Real.
Os parlamentares recomendam que a tutela “garanta os cuidados adequados, a todos os doentes críticos que deem entrada nesta Unidade que não têm critérios de admissão na UCI [Unidade de Cuidados Intensivos]”.
O PSD pede que “faça cumprir as recomendações da Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e de Referenciação, a qual recomenda [que] ‘deverá existir um Serviço de Medicina Intensiva em todos os hospitais com Serviço de Urgência Polivalente ou Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica’”.
Para os sociais-democratas, “a procura e a disponibilidade de camas de cuidados intermédios não tem sido acompanhada na região do Alto Tâmega”, referindo que há “zero camas” de ‘nível 2’ [intermédias].
“Nestas condições é impossível proceder de forma adequada à monitorização contínua de doentes críticos que deem entrada nesta unidade”, defendem.
O Hospital de Chaves, integrado no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), abrange os concelhos de Chaves, Montalegre, Boticas e Valpaços e algumas localidades de Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena, num total de 94.143 habitantes, realçaram.
“A UCIM mais próxima de Chaves encontra-se em Vila Real, distando mais 70 quilómetros da cidade de Chaves e inclusivamente de mais de 100 quilómetros relativamente a outras localidades servidas por essa Unidade”, sublinharam os deputados.
O PSD salientou ainda que a criação desta nova unidade terá “benefícios quer para os doentes quer para a própria gestão e organização assistencial com ganhos nos cuidados prestados”.
E destacaram a “melhor estratificação da gravidade e instituição de um tratamento mais precoce com ganhos no domínio da prevenção dos danos, o evitar atrasos na admissão dos doentes, a maior disponibilidade de camas para doentes em estado crítico e alívio do recurso à unidade de cuidados intensivos”.
Foto: CES