O PSD de Vila Real reivindicou hoje a inclusão de projetos “indispensáveis” para a região no Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, como a ligação ferroviária transfronteiriça no Douro, novos acessos rodoviários e a aposta nos aeródromos regionais.

O presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Vila Real e da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, elencou hoje, em conferência de imprensa, o “descontentamento relativamente ao PNI” e criticou a “litoralização dos investimentos” previstos no programa que foi entregue pelo Governo no início do ano, na Assembleia da República.

O autarca salientou o “abandono completo do Interior”, lembrou o “investimento zero” previsto para os seis municípios do Alto Tâmega e a “intenção, sem verbas comprometidas, para o Douro”.

Por isso, nos últimos meses, os três deputados do PSD eleitos por Vila Real e elementos da Comissão Política Distrital reuniram com as comunidades intermunicipais do Douro e Alto Tâmega, a Câmara de Mondim de Basto e associações empresariais, recolhendo contributos para a elaboração de um documento, hoje apresentado, que aponta “projetos “indispensáveis, urgentes e prioritários”.

Assim, em nome da “coesão e competitividade territorial", o PSD reivindicou a eletrificação da Linha do Douro entre a Régua e Barca d’Alva e a reabertura da ligação ferroviária transfronteiriça da Linha do Douro, ainda a construção do Itinerário Complementar 26 (IC26), a requalificação do nó de acesso da Autoestrada 24 (A24) às Pedras Salgadas, a ligação dos concelhos de Montalegre, Boticas e Valpaços à A24, bem como a ligação de Mondim de Basto à A7 via Atei.

Na lista de projetos para a região estão ainda a consolidação da Via Navegável do Douro, a criação da rede secundária nacional de aeródromos, nomeadamente a requalificação e ampliação do aeródromo de Vila Real, bem como a integração de novas centrais hídricas e eólicas e o reforço da Rede Nacional de Transporte de Eletricidade no Alto Tâmega.

O deputado Luís Leite Ramos referiu que o documento produzido vai ser remetido à direção do grupo parlamentar do PSD para que as propostas sejam tidas em conta pelo grupo de trabalho que vai analisar, discutir e votar a versão final do PNI 2030.

O PNI menciona dois projetos para o Douro, nomeadamente a eletrificação da linha ferroviária até ao Pocinho e o projeto de intervenção na via navegável “Douro’s Inland Waterway 2020”.

No entanto, segundo Luís Leite Ramos, os 205 milhões de euros previstos no Programa de Eletrificação da Rede Ferroviária Nacional “são claramente insuficientes para suportar este e os restantes projetos aí indicados, o que revela que esta não é uma promessa para levar a sério”

Quanto ao projeto da via navegável, o parlamentar lembrou que, já por duas vezes, a Comissão Europeia chumbou a candidatura do Governo português “pelo que se torna necessário assegurar uma fonte alternativa de financiamento, o que não está previsto no PNI 2030”.

O deputado salientou que este programa “não serve os interesses do Interior” e considerou ainda que “não é nada transparente”.



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