O PSD de Vila Real classificou hoje a reabilitação do mercado municipal como uma “maquilhagem” do edifício, enquanto a câmara socialista apontou a “irritação” da oposição por ver a cidade progredir, realçando o investimento de 1,5 milhões de euros.

A Comissão Política do PSD disse, em comunicado, ter visitado as obras em curso no mercado municipal e referiu que, “apesar do desenvolvimento, moroso e penoso, da empreitada, já é possível hoje constatar que a intervenção de reabilitação não é mais do que uma maquilhagem na estrutura edificada”.

Acresce ainda, segundo a oposição, “que não existe qualquer informação sobre o prazo de execução, nem estimativa para final da obra” e, “para agravar a situação”, o executivo socialista “decidiu também dar início aos trabalhos de requalificação da zona envolvente sem que os comerciantes do mercado e da zona envolvente tenham tido conhecimento antecipado”.

Os sociais-democratas falam “num ataque feroz à subsistência e à sobrevivência do negócio dos comerciantes que ainda subsistem naquele espaço comercial” e defendem que é “absolutamente essencial reforçar e fortalecer o apoio ao comércio tradicional, em particular aos comerciantes que têm que juntar à crise económica excecional estes constrangimentos das obras que condicionam o seu negócio por muitos meses, além dos inicialmente previstos”.

O presidente da câmara, Rui Santos, reagiu às críticas referindo que, “irritado por ver Vila Real progredir” o “PSD defende uma coisa e o seu contrário”, ou seja, defende que o executivo “deve apoiar o comércio tradicional, enquanto ataca um investimento de quase 1,5 milhões de euros no mercado”.

E explicou que a “intervenção em curso substituiu lajes de betão, elevou o telhado acabando com infiltrações, renovou a instalação elétrica, acabou com os problemas de saneamento e redes de águas pluviais, melhorou e iluminação e mobilidade, aumentou significativamente o conforto térmico e acústico”.

Permitirá ainda o estacionamento para clientes e alargará a utilização do mercado a eventos de índole cultural e associativa.

Rui Santos referiu que os incómodos causados pelas obras são “uma realidade inultrapassável”, lamentou a “postura miserabilista do PSD”, adiantou que intervenção terminará em junho e referiu que o início das obras na envolvente foi acertado com os comerciantes.

PLI // JAP Lusa



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