O ministro da Administração Interna, António Figueiredo Lopes, deslocou-se a Vila Real na passada segunda-feira com um vasto número de tarefas a cumprir. A primeira missão do ministro foi entregar à Brigada de Trânsito da GNR 23 viaturas - algumas caracterizadas, outras não -, um investimento de cerca de 575 mil euros. De seguida, Figueiredo Lopes procedeu à inauguração do Parque de Manobras de Vila Real, um investimento da Direcção-Geral de Viação no valor de 900 mil euros que se insere num conjunto de 22 equipamentos que, segundo o ministro, \"permitirão realizar provas práticas de destreza a futuros condutores\".
Por sua vez, a PSP recebeu 30 alcoolímetros, um investimento de 10.500 euros que permitirá uma maior fiscalização. Contudo, o que esteve no centro de todas as atenções, inclusivamente do ministro, foi o novo Sistema de Consulta e Pagamento Automático de Contra-ordenações (POS), cujo processo operativo permitirá às entidades autuantes uma consulta e fiscalização no âmbito dos elementos respeitantes ao veículo e ao condutor, para uma efectiva aplicação e cumprimento de sanções rodoviárias. Este novo sistema, que obrigará o condutor a pagar a coima no momento em que ela é passada, permitirá ainda a consulta de dados sobre o veículo, sobre o condutor ou sobre as coimas em dívidas. O sistema foi \"inaugurado\" com o pedido de informações sobre o registo da carta de condução do próprio ministro, tendo ficado provado, perante todos que, não há nenhuma multa por pagar em nome de António Figueiredo Lopes. Este sistema, que representa um investimento superior a 2,5 milhões de euros, estará a funcionar na totalidade em Fevereiro do próximo ano. Num futuro próximo pretende-se, com este sistema, aceder aos dados do Instituto de Seguros de Portugal.
\"A nossa ideia é a de que não se continue a alimentar a ideia de que se pode infringir facilmente, levianamente e irresponsavelmente o Código da Estrada\", afirmou o ministro da Adimistração Interna após a entrega de carros, alcoolímetros e a apresentação do POS. O combate à sinistralidade é, para o governante, \"um objectivo a cumprir\". Por esse motivo, o seu ministério decidiu apostar neste tipo de equipamento, de modo a \"facilitar o trabalho dos agentes e a redução dos acidentes na estrada\".
Perante um número tão elevado de acidentes registados no nosso país, Figueiredo Lopes defendeu que \"a carta de condução tem de ser utilizada por quem está em condições de conduzir a sua viatura, sem a transformar numa arma de morte\".