Quase metade das consultas realizadas nos centros de saúde do distrito de Bragança, durante o ano de 2021, foram feitas à distância, embora as presenciais tenham aumentado em relação ao ano anterior, o primeiro da pandemia de covid-19.

Os dados foram divulgados hoje pela Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, a entidade responsável pela assistência no distrito de Bragança, nomeadamente nos três hospitais e 14 centros de saúde da região.

A atividade nos centros de saúde aumentou no ano de 2021, tal como aconteceu com a assistência hospitalar, para valores próximos do pré-pandemia, nomeadamente do ano 2019, porém, nos cuidados primárias o atendimento à distância ainda se destaca no balanço feito pela ULS do Nordeste.

No ano de 2021, foram realizadas nos 14 centros de saúde 465.885 consultas, sendo que, destas, 222.414 são contactos à distância, ou seja, não presenciais, e incluem também os casos de infeção pelo novo coronavírus que têm sido acompanhados pelos médicos de família.

O número total, que inclui consultas presenciais, não presenciais e a chamada consulta aberta, é superior ao somatório de 2019, o ano anterior ao início da pandemia de covid-19, que restringiu ou suspendeu globalmente o acesso aos serviços de saúde, sobretudo em 2020, com uma redução na assistência a situações não relacionadas com o novo coronavírus.

Em relação ao primeiro ano da pandemia todos os números estão a aumentar na prestação de cuidados primários, com um crescimento de 60% dos contactos de enfermagem que totalizaram mais de 504 mil em 2021.

As realizadas por outros profissionais de saúde, que englobam consultas de nutrição, psicologia e podologia, acompanharam também a tendência crescente da atividade assistencial, tendo sido realizadas um total de 11.465 consultas em 2021.

O número aproxima-se do pré-pandemia, tendo em conta que, em 2019, estas especialidades acessíveis nos centros de saúde da região somaram 12.518 consultas.

A ULS do Nordeste destaca, em comunicado, que “o aumento significativo da atividade nos cuidados de saúde primários é o reflexo da retoma da atividade clínica programada” e elogia o “importante contributo” dos cuidados primários na resposta à pandemia, nomeadamente ao nível da vacinação, da testagem, atendimento e acompanhamento de doentes.



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