Falha técnica no rotor de cauda provoca acidente de helicóptero do INEM em Macedo de Cavaleiros com queda de 35 metros e consequente explosão na cabine do piloto, provocando dois feridos graves.

 

O helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) preparava-se ontem para aterrar no Heliporto Municipal de Macedo de Cavaleiros quando um problema inesperado no rotor da cauda provocou uma queda desenfreada da aeronave na placa de aterragem. Ao embater no solo, uma explosão localizada na parte inferior da cabine do piloto feriu gravemente dois dos três ocupantes do helicóptero e um técnico, este ferido ligeiro, que se encontrava junto ao hangar.

Felizmente, o aparente infortúnio ocorrido esta quarta-feira ao início da manhã não passou de um simulacro, mas podia muito bem ter sido real. O exercício serviu para testar a capacidade de resposta do Plano de Emergência do Heliporto em caso de acidente, colocando no cenário de operações todas as autoridades competentes envolvidas na simulação, entre as quais os Bombeiros Voluntários, a Guarda Nacional Republicana e a Autoridade Nacional de Aviação Civil.

Nas palavras do diretor do Heliporto Municipal, este foi um simulacro à “escala total”. “No geral, correu bem, mas isto serviu para identificar pequenas lacunas que teremos de resolver para evitar, na eventualidade de esta situação ocorrer na realidade”, afiançou o, também, responsável técnico da autarquia na Proteção Civil Municipal, Paulo Silva.

A resposta ao acidente possibilitou uma intervenção que durou cerca de 20 minutos. Um tempo considerado “muito bom” e possibilitado, em grande medida, por dois fatores. O primeiro, devido ao contributo prestado pelo serviço de brigada permanente no heliporto com formação específica, enquanto o segundo fator deve-se à proximidade com as instalações dos Bombeiros Voluntários.

Este simulacro foi o primeiro realizado no âmbito do novo Plano de Emergência, prevendo-se uma periodicidade nunca superior a dois anos. No entanto, no briefing final, a Autoridade Nacional de Proteção Civil e a empresa com a aeronave instalada em Macedo de Cavaleiros mostraram disponibilidade para a realização deste tipo de exercícios em períodos de tempo mais curtos e com um aumento do grau de complexidade associado aos simulacros. 
 

 


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