A Câmara de Vila Real quer remodelar e ampliar o aeródromo municipal para aumentar a capacidade de tráfego aéreo, uma obra que rondará os 16,5 milhões de euros e é considerado tão importante como uma auto-estrada.
\"Tão importante como uma auto-estrada para servir a região do Douro, bem como a região do Alto Tâmega, é a nossa infra-estrutura aeroportuária, o aeródromo de Vila Real\", afirma o presidente da câmara de Vila Real, Manuel Martins, na sua mensagem do boletim municipal.
A autarquia quer avançar, em 2010, com a primeira fase de requalificação do edificado, parque de estacionamento, vedação definidora do novo perímetro e nova iluminação pública.
Para esta primeira fase, a Câmara inscreveu no Plano e Orçamento 816,4 mil euros para 2010 e mais 250 mil euros para 2011.
Quanto à segunda fase, Manuel Martins explica que o projecto prevê um aumento da pista para ficar entre os 1.500 e os 1.800 metros.
No último Verão, o aeródromo recebeu cerca de um dúzia de pequenos jactos, mas, se acordo com o autarca, o objectivo é \"ter condições para receber aviões que transportem até cem passageiros\".
\"Os operadores turísticos da região começam a compreender a importância deste tipo de solução e pressionam no sentido de se fazer com celeridade\", salienta o autarca no boletim municipal.
Manuel Martins refere que, para esta segunda fase, \"se fala claramente de uma auto-estrada aérea que terá um custo de 15,5 milhões de euros\", o que diz ser \"equivalente a dois quilómetros de auto-estrada tradicional\".
\"Que fique bem claro que não queremos nenhum aeroporto, nem nenhuma alternativa ao Aeroporto Sá Carneiro, queremos sim, um aeródromo regional com vista a servir a região o melhor que pudermos e soubermos\", conclui.
O aeródromo está próximo da zona onde se pretende construir o Parque de Ciência e Tecnologia, dedicado ao desenvolvimento do sector agro-industrial, em especial na área do vinho e da vinha, e da nova zona de localização empresarial.
A Organização da Aviação Civil Internacional aprovou, no final de Outubro, as cartas de aproximação com base na tecnologia Global Navigation Satellite System (GNSS) do aeródromo de Vila Real, o primeiro do continente a possuir este sistema de rádio ajuda.
Esta tecnologia está a ser utilizada pela carreira área que faz a ligação a Lisboa e Bragança.
O aeródromo destaca-se ainda a nível nacional por estar entre os quatro certificados para a utilização do Serviço de Informação Aeronáutica (AFIS) que, a funcionar 24 horas por dia, dá informações a todos os pilotos que passam pelos céus da região, inclusivamente o helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica, estacionado no Hospital de Vila Real, como a intensidade do vento, a pressão atmosférica, entre outras.