A construção da ponte internacional de Quintanilha, em Bragança, vai recuperar uma «mini-aldeia» outrora ocupada pela Brigada Fiscal (BF) e votada ao abandono desde a abertura das fronteiras. As várias dezenas de operários desta obra aguardada há mais de duas décadas vão instalar-se nas antigas casas junto à fronteira com Espanha, onde viveram os guardas da BF e as famílias até à abertura das fronteiras, no início da década de 1990.

Desde essa data que o aglomerado de casas se encontra ao abandono, apresentando a quem entra em Portugal pela fronteira de Quintanilha um cenário de degradação, em pleno Parque Natural de Montezinho.

Os imóveis são propriedade do Instituto de Conservação da Natureza e, embora já tenham sido avançados vários projectos para a sua recuperação, nenhum foi concretizado.

O governador civil de Bragança, Jorge Gomes, disse à agência Lusa que a construção da ponte internacional de Quintanilha vai finalmente proporcionar a recuperação daquela \"mini-aldeia\". A obra foi entregue no dia 20 de Dezembro a um consórcio liderado pela empresa \"Construções do Tâmega\", que celebrou um acordo paralelo para aproveitamento das antigas casas da BF.

Ao invés dos improvisados contentores neste tipo de obras, a empresa vai recuperar os imóveis para ali instalar \"as largas dezenas\" de operários que vão trabalhar na construção da ponte.

Depois de recuperadas, as casas serão ocupadas, pelo menos, durante dois anos pelos trabalhadores, o correspondente ao prazo de execução da obra.



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