Faltam apenas três dias para aquele que já é considerado como um dos maiores festivais ibéricos de verão do nordeste transmontano e que, nesta sua 17ª edição, espera receber seis mil pessoas.
Os First Breath After Coma lideram a armada lusa constituída por nomes como Xinobi, Marvel Lima, The Twist Connection e Alek Rein. Já do país de “nuestros hermanos”, chegam-nos nomes como o do stoner psicadélico dos galegos Herrera, Jupiter Lion, Melange, Zulu Zulu e Mohama Saz. Estes serão, apenas, alguns dos artistas a marcarem presença na 17ª edição do Quintanilha Rock, que promete agitar as águas do rio Maças já a partir desta quinta-feira.
“Este é um cartaz que se quer afirmar cada vez mais ibérico porque esta é a nossa singularidade, portanto é um cartaz com bandas portuguesas e espanholas”, começou por sublinhar uma das responsáveis pela organização do festival na conferência de imprensa de apresentação do Quintanilha Rock 2017 que, este ano, teve lugar no Jardim do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.
Aquele que é considerado por muitos como sendo o mais alternativo e mais importante festival de verão do nordeste transmontano, espera receber, sensivelmente, seis mil pessoas ao longo dos três dias de um evento que tem conquistado adeptos de ambos os lados da fronteira e que, nos últimos anos, tem adotado a defesa do meio ambiente como uma das suas premissas. “Outra das apostas, que já vem de há cinco edições, é a questão ambiental, sendo que este ano temos uma preocupação maior. Ou seja, era algo que já tínhamos pensado ao longo dos anos que é a colocação de ecopontos no recinto e cinzeiros portáteis para oferecer às pessoas”, frisou Leonor Afonso, acrescentando que esta é uma estratégia “que está a funcionar”.
Para além dos ecopontos no recinto e a oferta de cinzeiros portáteis, estando o espaço do festival localizado em pleno Parque Natural de Montesinho, que integra a Rede Natura 2000, a organização decidiu, ainda, “apostar na questão dos transportes", oferecendo “transferes”, a partir do parque de estacionamento na aldeia, até ao local do festival com o intuito de não deixar passar veículos particulares para as proximidades do rio. As pulseiras para os três dias do festival valem "uns simbólicos 15 euros", como frisou a organização, já as entradas diárias custam seis euros.
Com campismo gratuito e transporte oferecido entre Bragança e a aldeia raiana de Quintanilha a todos os portadores da pulseira do festival, a organização decidiu, ainda, privilegiar a gastronomia local, os produtos regionais, a interação próxima entre a comunidade local e os festivaleiros, a diversidade e qualidade da programação e o cenário naturalmente idílico proporcionado pelo Parque Natural de Montesinho.
O evento conta, ainda, com o apoio incondicional da Câmara Municipal de Bragança, que investiu seis mil euros, mais mil euros que no ano transato, providenciando, ainda, o apoio logístico necessário, quer no que diz respeito à cedência de equipamentos e transportes.
“Não nos esqueçamos que estamos a falar num festival ibérico, que chama gente de Portugal e Espanha, entre outras nacionalidades, e que tem esta vertente transfronteiriça e de aproximação entre as comunidades, e tudo isto é fundamental para nós, mostrando aquilo que temos de bom, em termos ambientais, gastronómicos e até na própria organização de eventos”, sustentou o edil brigantino, Hernâni Dias, para quem este festival “marca positivamente o panorama local, regional e até nacional”, sendo, nas suas palavras, um meio de “dinamização e promoção do próprio território”.
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