Para isto o titular da educação conta conseguir a colaboração tanto das partes interessadas como a de outros ministérios nomeadamente o da solidariedade social (o da Administração interna também? Atendendo à insegurança e à absoluta indisciplina que reina nalgumas escolas talvez o senhor Ministro não fizesse mal solicitar esta colaboração de forma mais evidente...) e até de
instituições não governamentais, para além das autarquias a quem o sistema educacional português já
atribui competências. Todo o discurso do Ministro da
Educação foi optimista levando a que o deputado José
Cesário (PSD) referisse em tom de brincadeira (note-se
que esta foi a primeira vez que este ministro se deslocou a esta comissão) que foi uma "radiografia cÎr-de-rosa" o que acabamos de ouvir pela voz do titular. Sem dúvida cÎr-de-rosa mas não desprovido de consistência, coisa que o próprio deputado em conversa fora da comissão admitiu, referindo-se ao ministro como "uma pessoa séria".
Luisa Mesquita do PCP colocou muitas e muitas questões ás quais o ministro respondeu pacientemente,
mas quando esta deputada foi confrontada pelo jornalista com a questão da indisciplina e da violência nas escolas portuguesas, limitou-se a um ténue olhar para quem a instigou a levantar o assunto em sede de comissão não tendo, até à nossa saída falado sobre o assunto.
O deputado Rosado Fernandes do PP ptotagonizou os
momentos mais hilariantes da sessão ao referir que
agora até as enfermeiras são mestradas doutoradas e
que em vez de dar a "arrastadeira" ao doente dizem-lhe
para puxar a "fralda". Falou também dos alunos que
nunca mais acabam os cursos e que há que mandar para
fora do sistema e até sobraram uns "mimos" para os
alunos dos cursos de filosofia! Venha sempre senhor
deputado. Será um prazer voltar a escutá-lo em dia de
inspiração.
Quanto ao ministro lá continuou em reunião que se
foi prolongando pelo final da tarde e resta-nos saudá-lo pela abertura demonstrada quando confrontado
com eventuais projectos de descentralização cultural
alicerçados nos estabelecimentos do ensino superior
que existem agora (felizmente) por todo país. Também
no que toca à avaliação da qualidade do ensino
superior o ministro, face a uma questão do mesmo
deputado, se comprometeu em avançar nesse sentido de
forma a que a qualidade do ensino superior em Portugal
seja inquestionável.
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