O português Rafael Reis (Efapel) subiu hoje à liderança da Volta a Portugal em bicicleta, ao vencer pela terceira vez nesta edição, depois de chegar isolado a Bragança no final da sétima etapa.

Depois dos triunfos no prólogo e na primeira etapa, Rafael Reis voltou a vencer, gastando 4:35.29 horas para cumprir os 193,2 quilómetros entre Felgueiras e Bragança, menos 16 segundos do que o norte-americano Ben King (Rally Cycling) e do que o espanhol Diego López Fuentes (Kern Pharma).

Na geral, o ciclista português volta a liderar, com 28 segundos de avanço sobre o espanhol Alejandro Marque (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel) e 33 sobre o português Amaro Antunes (W52-FC Porto).

Na sexta-feira corre-se a oitava e antepenúltima etapa, com uma ligação de 160,7 quilómetros, entre Bragança e Montalegre, com a meta a coincidir com uma contagem de montanha de primeira categoria, na Serra do Larouco.

O Brigantino Ricardo Vilela, da equipa W52-FC Porto chegou em 14º na etapa exigente com chegada a Bragança.

Classificação geral :

1º Rafael Reis (Efapel) 31:11.46 horas

2º Alejandro Marque (Atum General/Tavira/Maria Nova Hotel) a 28 segundos.

3º Amaro Antunes (W52-FC Porto) a 33

4º Javier Moreno (Efapel) a 36

5º Diego Lopez Fuentes (Kern Pharma) a 44

 

Rafael Reis (vencedor da etapa e líder da geral individual):

“Hoje era objetivo eu estar na fuga, gastei muita força a tentar entrar, felizmente consegui. Consegui recuperar o fôlego depois da primeira montanha.

Era uma fuga numerosa, havia vários interesses para a etapa, para a geral, para alguém tentar recuperar tempo.

Felizmente, tinha o Luís Mendonça hoje, que é um tecnicista como eu. Não o tive comigo na Arrábida [primeira etapa], porque ele teve de trabalhar, porque eu estava de amarelo e puxou 150 quilómetros nesse dia. No fim, eu queria dar-lhe a vitória, mas ele disse que já não dava. Ele, mais uma vez, deu tudo por mim e deixou-me a seis quilómetros da meta, e tive de finalizar da melhor forma.

[A classificação por pontos] Não era um objetivo, mas não estando lá [na fuga] o líder da camisola por pontos, eu fui tentando amealhar alguns pontos.

[Ir para a fuga] Não foi na intuição de vencer a amarela hoje, foi como calhou, mas estou muito orgulhoso de tudo.

Agora, estou melhor do que estava de manhã. Estava a três minutos, agora estou com 28 segundos de vantagem, temos mais um homem na geral. Agora, vai depender muito da tática da equipa”.

 

Rafael Reis continua a superar aquilo que sonhou, depois de hoje ter cumprido um ‘hat-trick’ em etapas em Bragança para regressar à liderança da 82.ª Volta a Portugal em bicicleta, completamente dominada pela Efapel.

Até esta edição, o rapaz de Palmela tinha ‘apenas’ dois triunfos na prova, sempre em prólogos, mas o corredor contratado esta temporada pela equipa amarela continua a exceder-se e, hoje, depois de lutar para integrar a numerosa fuga do dia e de atacar novamente a descer, como aconteceu em Setúbal, somou a sua terceira vitória e recuperou a amarela que tinha perdido para Alejandro Marque (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel) na Torre.

E o plano de Reis, primeiro e novo amarela da 82.ª edição, nem era esse: “Felizmente, tinha o Luís Mendonça hoje, que é um tecnicista como eu. Não o tive comigo na Arrábida [primeira etapa], porque ele teve de trabalhar porque eu estava de amarelo e puxou 150 quilómetros nesse dia. No fim, eu queria dar-lhe a vitória, mas ele disse que já não dava. Ele, mais uma vez, deu tudo por mim e deixou-me a seis quilómetros da meta, e tive de finalizar da melhor forma”.

A etapa mais longa da 82.ª edição ‘convidava’ a ataques e eles sucederam-se até que, finalmente, decorridos que estavam cerca de 60 dos 193,2 quilómetros entre Felgueiras e Bragança, 27 homens se uniram na dianteira da corrida.

Entre eles, como não podia deixar de ser, estavam representantes da Efapel (Reis, Moreno e Mendonça) e da W52-FC Porto (Ricardo Mestre, Ricardo Vilela e Samuel Caldeira), mas também Vicente García de Mateos e Joaquim Silva, os líderes da Antarte-Feirense e da Tavfer-Measindot-Mortágua, que precisavam de recuperar tempo na geral, ou o vencedor na véspera, Ben King (Rally Cycling), assim como o espanhol Diego López (Kern Pharma), que haveria de ser terceiro na meta.

 



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