O primeiro rastreio ao cancro da mama realizado no distrito de Bragança resultou na sinalização de 51 mulheres com problemas, que foram encaminhadas para tratamentos ou acompanhamento médico.
O rastreio foi fruto de uma parceria entre o Instituto Português de Oncologia e a Sub-região de Saúde de Bragança, o que permite que estes casos sejam considerados prioritários em caso de necessidade de acompanhamento médico. A primeira fase do rastreio iniciou-se em 2003 em Miranda do Douro, depois a unidade móvel percorreu todos os centros de saúde do distrito durante dois anos.
O programa de rastreio destina-se a mulheres entre os 45 e os 69 anos, que são convocadas por carta para comparecerem, sendo apenas excluídas as que já têm patologias anteriores e estão a ser seguidas pelo médico e as que foram sujeitas a exames médicos a menos de seis meses da data da convocação.
Foram convocadas 11 218 mulheres e rastreadas 8926, ou seja 74,4%. Jacinta Fernandes, coordenadora do programa, considera uma boa percentagem porque a taxa de adesão foi superior a 60%. A participação das mulheres também foi boa, ainda que as residentes nas cidades tenham comparecido em menor número.
As taxas mais baixas verificaram-se em Bragança (cerca de 53%) eem Mirandela (53,3%). Nas cidades menos populosas foram rastreadas mais de 84% das mulheres convocadas. Em Miranda do Douro (92,6%), Torre de Moncorvo ou Mogadouro registaram-se 82,2% rastreadas.
\"Talvez a mensagem tenha chegado melhor, os profissionais fizeram um bom trabalho com iniciativas muito interessantes, afixaram cartazes nos cafés, supermercados, pediram aos padres para divulgar\" explicou a médica.Actualmente está em curso a segunda volta do rastreio.