As cinco obras inseridas no programa Bragança Polis já adjudicadas deverão arrancar entre os meses de Novembro e Dezembro próximos. No entanto, será a segunda fase do Corredor Verde do Rio Fervença, uma obra orçada em mais de 2.800 mil euros, a que irá arrancar primeiro.
Os critérios que vão orientar esta intervenção, que abrange cerca de dez hectares, desde o Loreto até à ponte do Jorge, foram explicados à comunicação social na passada segunda-feira pelo arquitecto da equipa técnica que executou o projecto.
Segundo este responsável, o objectivo da intervenção foi \"fazer nascer a ideia a partir das características do sítio\", ao invés de lhe \"impor\" uma. \"O protagonista é o próprio sítio, não o projecto\", explicou o técnico.
Neste sentido, revelou o mesmo arquitecto, tentou-se construir uma \"ideia única e global para toda a zona, mas que parte da leitura dos sítios, dos materiais e das texturas já existentes\". Por isso, nos pavimentos, por exemplo, irá prevalecer o xisto local. E os percursos pedonais mais inte-riores das margens ficarão inclusivamente com um pavimento da cor da terra, com base \"num modelo rural\". Também a própria iluminação nesses percursos será muito mais \"ténue\" do que no percurso mais marginal, onde se optou pelos pavimentos de madeira.
Em relação à estrutura verde, que compõe mais de metade de toda a área, o objectivo do projecto será \"a consolidação\" da já existente, implicando um tratamento mais visível na zona junto ao leito, devido à necessidade de \"redesenhar e acertar as margens\".
Esta empreitada inclui também a recuperação de um moinho, para o qual os projectistas propõem a recuperação do mecanismo \"que ainda existe\".
Apesar das dificuldades que o próprio director geral da Somag admite, tais como a \"imprevisibilidade do rio\" e as possíveis \" cheias\" de Inverno, este responsável está convencido que será possível terminar a obra na data prevista, ou seja, Novembro a Dezembro de 2003, altura apontada para a conclusão do Polis em Bragança.
Os outros quatro projectos já adjudicados que também deverão arrancar nos próximos dois meses são os referentes à praça lúdica e parque de estacionamento (Praça de Camões), ao arranjo urbanístico da zona dos Batoques e envolvente do castelo, parque de estacionamento também junto ao castelo, parque de merendas, e a zona envolvente da ETAR.
Por adjudicar estão ainda o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental e a iluminação cénica do castelo, as duas últimas empreitadas, que deverão dar por concluído o programa Polis em Bragança.