Os nove detidos na quarta-feira pela GNR são suspeitos de pertencerem a uma rede de tráfico que vendia droga junto de escolas, entre as quais universidades, disse hoje o comandante do Destacamento de Vila Real.
“Acreditamos efetivamente que colocámos fim a uma rede de tráfico de droga. Eram situações que ocorriam junto de comunidades escolares, junto de população mais jovem”, afirmou hoje, em conferência de imprensa, o tenente João Ribeiro.
O comandante do destacamento de Vila Real concretizou que, segundo apurou a investigação, algumas vendas se efetuavam junto de escolas, incluindo universidades, de distritos como, por exemplo, Vila Real, Viseu e Aveiro.
Os nove suspeitos são sete homens e duas mulheres com idades compreendidas entre os 25 e os 51 anos e, no âmbito da operação que decorreu na quarta-feira, foi apreendida droga com um valor de mercado estimado de 70 mil euros.
João Ribeiro explicou que a investigação teve início numa denúncia, decorreu durante cerca de dois anos e culminou com o cumprimento de 23 mandados, entre os quais nove de detenção e 14 de busca domiciliária.
Durante este período, os militares do Núcleo de Investigação Criminal de Vila Real realizaram vigilâncias, registaram ações de compra e venda de droga para sustentar a acusação no processo.
O comandante disse que alguns dos detidos possuem já antecedentes criminais por tráfico de estupefacientes.
As detenções foram efetuadas nos concelhos de Braga, Porto, Santa Maria da Feira, Santa Marta de Penaguião, São Pedro do Sul, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real.
No decorrer da operação foram apreendidas 7.030 doses de haxixe, 819 doses de canábis, 699 doses de cocaína e ainda drogas sintéticas como 180 selos de LSD, dois frascos de LSD líquido, 675 doses de MDMA, 220 doses de ecstasy.
Foram também apreendidas quatro balanças de precisão, material de corte e embalamento, 13 telemóveis, 18.009 euros, 225 dólares americanos, nove viaturas e uma réplica de arma de fogo.
A GNR acredita que dois dos detidos faziam “o tráfico em quantidades mais avultadas” e que depois tinham outros elementos que efetuavam a venda aos consumidores.
Os suspeitos vão ser hoje presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Judicial de Vila Pouca de Aguiar, para aplicação de eventuais medidas de coação.
Foi, segundo o comandante, em Vila Pouca de Aguiar que teve início o processo.
A GNR especificou que nesta operação foram empenhados 86 militares da estrutura de investigação criminal, da valência territorial, cinotécnica e de intervenção, dos comandos territoriais de Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Vila Real e Viseu, e do Grupo de Intervenção de Ordem Pública (GIOP) da Unidade de Intervenção (UI).