Universidade Global vai nascer no Douro - 14 Universidades, 9 Países e 4 Continentes estarão representados no I Encontro da Rede Mundial das Universidades de Magalhães a realizar de 16 a 18 janeiro em Sabrosa.
Catorze instituições de ensino superior de nove países juntam-se entre segunda e quarta-feira, em Sabrosa e Vila Real, para criarem a Rede Mundial das Universidades de Magalhães (RUMA) dedicada à investigação, ciência e cultura.
São universidades que se espalham pelos países tocados pela primeira viagem de circum-navegação protagonizada pelo navegador Fernão Magalhães e que Sabrosa defende que é natural deste concelho do distrito de Vila Real.
Segundo anunciaram hoje a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Câmara de Sabrosa, num comunicado conjunto, os representantes destas instituições de ensino superior deslocam-se ao Douro participar no primeiro encontro da Rede Mundial das Universidades de Magalhães.
Pretende-se que esta seja uma Rede “para a investigação, a ciência e a cultura” e a assinatura do protocolo de constituição da RUMA decorre na quarta-feira, no campus da UTAD, em Vila Real.
Durante o evento vai ser debatido o trabalho em conjunto entre as academias, analisados e aprovados os protocolos de constituição da Rede e do seu envolvimento no processo de candidatura da Rota de Magalhães a Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Pretende-se ainda obter contributos por parte das universidades para “o enriquecimento” do programa das comemorações 500 anos da primeira viagem de circum-navegação, bem como formas de participação da RUMA no mesmo.
A Rede Mundial das Cidades Magalhânicas está a preparar as comemorações do quinto centenário da viagem do navegador, que arrancam em 2019, e também a candidatura da Rota de Magalhães à UNESCO, num trabalho que está a ser liderado por José Marques, presidente da Câmara de Sabrosa.
A condição de arranque destas iniciativas foi a aprovação do projeto “Os locais e culturas da Primeira Viagem de Magalhães”, liderado por esta autarquia e dispõe de 485 mil euros, financiados em 85% pelo Portugal 2020.
José Marques já disse à agência Lusa que o objetivo deste projeto é “criar as condições para iniciar todo o processo de candidatura à Unesco”, um trabalho que referiu que “vai ser hercúleo” porque envolve muitos dos países ligados pela primeira volta ao mundo.
É também neste âmbito que este município e a UTAD organizam o encontro de universidades
Em 2016, a Rota de Magalhães foi inscrita na lista indicativa da Comissão Nacional da UNESCO, que constitui um pré-requisito indispensável para a candidatura de bens a Património Mundial.
A Rede Mundial das Cidades Magalhânicas, lançada em 2013, pretende ser um instrumento de trabalho para estudar e divulgar o “facto universal inigualável” que foi a primeira volta ao mundo.