A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, anunciou que 10 novos funcionários consulares devem entrar em funções já em fevereiro do próximo ano e que o Centro de Atendimento Consular (CAC) para França estará ativo em janeiro.

"Estamos a recrutar pessoas em Portugal para o Centro de Atendimento Consular para França, temos já todo o trabalho feito com os consulados para harmonizar procedimentos. Contamos que durante o mês de janeiro possamos ter o CAC França a funcionar, no entanto, como vai haver eleições, pode haver algum atraso", disse a governante em entrevista à agência Lusa, à margem do salão "Partir Etudier a l'Étranger", em Paris, onde Portugal teve um lugar de destaque.

O Centro de Atendimento Consular para França vai situar-se em Alfândega da Fé e vai ter 13 operadores, completamente bilingues, preenchendo assim um vazio para os emigrantes em França que se queixam de dificuldades no contacto telefónico com os consulados, especialmente durante a pandemia de covid-19.

Esta opção de atendimento consular já está disponível para Espanha, Reino Unido, Irlanda, Bélgica, Luxemburgo, Itália e Holanda.

A pandemia também agravou as dificuldades de agendamento das marcações para os diferentes consulados em França, com o Consulado-Geral em Paris a apresentar até cinco meses de espera para a renovação do cartão do cidadão, tendo levado o Governo a abrir 10 vagas para funcionários consulares em França.

Para Paris haverá cinco novos funcionários. Os outros consulados em França que receberão reforços são o Consulado-Geral em Marselha, com dois funcionários, e um trabalhador, respetivamente, para o Consulado-Geral de Lyon, o Consulado-Geral de Bordéus e ainda o Vice-Consulado de Portugal em Toulouse, que passa a ter estatuto de Consulado e recebe também um diplomata.

"Temos assim um grande reforço da rede consular em França. [...] Sabemos que os consulados estão pressionados por toda a situação da covid-19", referiu a secretária de Estado.

Os 10 novos funcionários consulares devem começar a trabalhar já a partir de fevereiro, com Berta Nunes a desejar que assim que a situação voltar a estabilizar seja possível regressar a um sistema "híbrido" em que, para além das marcações pela internet, que são a regra atual, se possam efetuar atos consulares no próprio dia, atualmente suspensos exceto em casos de grande urgência.

foto: dr



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