Uma condutora morreu, ontem, num troço do IP4 onde, no início do ano, o passageiro de um autocarro perdeu a vida. Professora de Miranda do Douro poderá ter adormecido, segundo o condutor do camião contra o qual embateu.

Ainda 2009 vai a meio e o IP4 já fez mais vítimas mortais do que em todo o ano passado. A última vítima foi uma mulher que morreu ontem, num acidente em Bragança. A Associação de Utilizadores do IP4 reclama o reforço de sensibilização para a sinistralidade na via, que está outra vez em curva ascendente.

A vítima de ontem era uma professora de 40 anos, residente em Miranda do Douro, e circulava na direcção Quintanilha -Bragança, cerca das 15 horas. Segundo as autoridades, colidiu frontalmente com um camião de matrícula espanhola, ao quilómetro 221, a poucos metros do local onde, em Janeiro, um despiste de um autocarro fez um morto.

O veículo em que seguia a professora saiu da faixa de rodagem e embateu de frente no pesado que circulava no sentido contrário. Devido ao impacto, o camião foi contra o rail, tendo ficado com o depósito de combustível e um pneu rebentados. O motorista do camião, Miguel Rios, não ficou ferido, e adianta como causa provável do acidente \"que a condutora pode ter adormecido\". O segundo comandante dos Bombeiros de Bragança, Carlos Martins, disse que a colisão foi \"muito violenta\", o que obrigou a utilizar meios de desencarceramento para retirar a vítima. O trânsito esteve cortado mais de meia hora.

Luís Bastos, da Associação de Utilizadores do IP4, disse, ao JN, que o troço entre Bragança e Quintanilha, nomeadamente, aquele local, nunca estiveram referenciados \"como pontos negros ou zonas de acumulação de sinistralidade\".

Luís Bastos considera necessário voltar a reforçar as campanhas de sensibilização, uma vez que o número de acidentes está a aumentar, \"o que pode estar relacionado com a desatenção dos condutores e a prática de velocidades excessivas\". Aquele responsável não excluiu a influência de uma possível redução das acções de fiscalização relacionadas com as alterações internas na BT, e a falta de manutenção da via, após a transferência da concessão para a empresa que vai construir a A4.



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