O Reino Unido quer modificar a sua política de imigração para acolher «aqueles que têm competências» e «contribuem para a economia» e rejeitar quem é «um peso para a sociedade», anunciou hoje o ministro do Interior, Charles Clarke.

\\"A imigração para trabalhar, para estudar, é uma coisa boa. O que não pode acontecer é quando o sistema não é correctamente controlado e as pessoas que vêm são um peso para a sociedade. É isto que se quer suprimir\\", sublinhou o responsável, numa entrevista à estação de televisão britânica BBC.

O ministro vai divulgar na segunda-feira pormenores da reforma na política de imigração do Reino Unido, mas alguns dados foram já hoje avançados pelos jornais.

Segundo The Observer, esta reforma consiste em reduzir drasticamente os direitos dos imigrantes em permanecerem no Reino Unido, excepto para as pessoas que possuam uma competência ou uma profissão qualificada, como professores ou médicos, e na condição de que tenham resultados positivos em testes de inglês.

Todos os outros imigrantes serão compelidos a abandonar o país assim que expirar a sua autorização de trabalho, noticia hoje este semanário de esquerda.

\\"Vamos estabelecer um sistema que verifique os talentos, as competências, as capacidades das pessoas que tentam vir trabalhar para este país e assegurar que quando chegam têm um emprego e podem contribuir para a economia do país\\", declarou Charles Clarke.

\\"Temos de ter um processo adequado para localizar aqueles a quem o pedido de asilo foi rejeitado\\", acrescentou o ministro, que defendeu que o sistema de gestão da imigração \\"abusou\\" da hospitalidade dos britânicos.



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