Uma vistoria da Direcção-Geral de Turismo detectou algumas "deficiências" no maior hotel da cidade de Chaves. Se as "falhas" não forem corrigidas, aquela unidade hoteleira corre o risco de ser desclassificada, passando de quatro para três estrelas. A direcção do hotel, garante, contudo, que a situação está praticamente ultrapassada. E que, por isso, irá manter a actual classificação.
O maior hotel da cidade de Chaves, o Aquae Flaviae, inaugurado em 1990, corre o risco de ser desclassificado pela Direcção-Geral de Turismo (DGT), passando, assim, das actuais quatro estrelas para três.
A situação resulta de uma inspecção que a DGT fez àquela unidade hoteleira em Julho do ano passado. Ao que o Semanário TRANSMONTANO apurou o relatório dos fiscais do Turismo denuncia várias deficiências. As "mais graves" prendem-se com o sistema de segurança do hotel, nomeadamente no que diz respeito às portas que dão para as escadas exteriores. Os inspectores detectaram que estas se encontravam bloqueadas. A falta de um director, registado no quadro de pessoal do hotel - requisito obrigatório quando se trata de uma unidade com mais de cem quartos - foi outros dos "problemas" graves salientados pelos técnicos da DGT.
Além destas falhas, o relatório faz também referência a outras de menor dimensão e que resultam da alteração que a legislação sofreu neste sector, desde que o hotel foi construído. Uma delas diz respeito à obrigatoriedade de existirem duas, em vez de uma, casas de banho para deficientes. E outra obriga à existência também de um aposento apetrechado para estes cidadãos. Depois, os fiscais apontaram ainda pequenos pormenores, como por exemplo, o facto dos cortinados ou os quadros que decoram as paredes dos quartos "não serem compatíveis com um hotel de quatro estrelas".
O Semanário TRANSMONTANO soube, no entanto, que as falhas apontadas pelo relatório da DGT já estão a tentar ser sanadas pela direcção do hotel. Aliás, as que são consideradas "mais graves", segundo o advogado do proprietário, Oliveira Rua, estão mesmo em vias de ser ultrapassadas. "A que diz respeito ao sistema de segurança não tem razão de ser", explicou Oliveira Rua, garantindo que já seguiu um ofício para a DGT, acompanhado de um esclarecimento técnico da empresa que instalou as portas anti-fogo, para clarificar que o facto de as portas de encontrarem bloqueadas é próprio do sistema em que foram instaladas. Ou seja, elas só desbloquearão em caso de corte de energia e activação do alarme, caso contrário, permanecem trancadas.
Em relação à falta de director, o representante legal do hotel, justificou-se com "a dificuldade em encontrar pessoas qualificadas nesta área na região, ou que queiram vir trabalhar para cá", mas revelou que já estão em negociações com um profissional do ramo.
Oliveira Rua assegurou também que todas as obras de adaptação necessárias, decorrentes da nova legislação, já têm projecto de execução.