A aldeia de Remondes, no concelho de Mogadouro, investiu cerca de 100 mil euros na criação de um Centro de Produção Tradicional que inclui um forno comunitário e uma cozinha tradicional, aproveitando o Fundo Baixo Sabor (FBS).

O novo equipamento comunitário resulta do aproveitamento da antiga escola primária e do antigo infantário da localidade, no distrito de Bragança, que se encontravam encerrados há quase 20 anos, devido ao despovoamento da aldeia ribeirinha do rio Sabor.

O presidente da União de Freguesias de Remondes e Soutelo, António Cordeiro, disse à Lusa que este projeto vai permitir a reutilização de dois edifícios ligados à memória dos habitantes, criando um centro de produção interativo que vai contribuir para a preservação das tradições e do saber local.

"Com o novo equipamento prevemos ao mesmo tempo criar emprego e potenciar o desenvolvimento económico da localidade", frisou.

A cozinha regional ocupa o edifício da antiga escola primária e foi cofinanciada pelo FBS com cerca de 60 mil euros, sendo caracterizada "como um exemplo no esforço de preservação do património local e no esforço de revitalização das economias e das comunidades rurais".

Ambos os edifícios foram cedidos em protocolo pela Câmara Municipal de Mogadouro e foi feito um investimento municipal de 10 mil euros na cozinha regional. Além disso, a autarquia forneceu parte da tinta para pintar o forno comunitário.

"É importante conservar estes equipamentos que fazem parte da memória coletiva e o município estará disposto a fomentar protocolos de cedência das antigas escolas a quem tenha projetos viáveis que contribuam para dinamização e conservação do património", frisou o presidente da Câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães.

O forno comunitário foi também uma iniciativa conjunta, executado com a liderança da União das Freguesias de Remondes e Soutelo mas com a participação financeira da Junta Fabriqueira de Remondes e da Associação de Desenvolvimento Social e Cultural de Remondes.

O Centro de Produção Tradicional poderá explorado através de uma associação de produtores locais, promovendo um sistema de plantação programada junto dos agricultores, para que estes possam plantar os seus produtos com a segurança de que os mesmos serão comprados pela Cozinha Regional para depois serem transformados e comercializados.



PARTILHAR:

Apicultores preocupados com consequências dos fogos para o sector

Trás-os-Montes e Alto Douro sem apoios ao investimento na floresta