A execução do plano ficou a marcar passo quando surgiram as primeiras notícias da construção de uma barragem junto à foz do rio Tua. A incógnita sobre a cota da albufeira bloqueou os trabalhos, pois parte da zona abrangida poderá vir a ficar a submersa.
Mesmo sem se saber ainda qual vai ser a concessionária da barragem recentemente anunciada pelo governo, o presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães diz já ter garantias da EDP que \"assumirá os encargos com a actualização do plano de pormenor das termas\".
Eugénio de Castro sublinha como \"óbvia\" a disponibilidade da empresa de electricidade, pois o anúncio da construção da barragem \"não só impediu a execução do plano de pormenor, como atrasou o início das obras no terreno\".
O autarca mantém a esperança de ver a estância termal \"largamente valorizada\" pela albufeira que a barragem do Tua vai criar. Sustenta que um espelho de água aos \"pés\" de S. Lourenço vai multiplicar a oferta turística.
O projecto de requalificação das termas tem conhecido altos e baixos nos últimos anos, apesar de ser unânime entre as forças vivas locais que se trata de um, se não o mais importante, potencial turístico do concelho.
De resto, nos últimos processos eleitorais para a autarquia constou sempre das prioridades de todos os candidatos. A par das potencialidades dos vales dos rios Douro e Tua, o S. Lourenço encaixa nas ambições de quem vê no turismo a única saída para o crescimento económico do Município.
O presidente da Câmara revela ainda que está prevista, também, uma pequena barragem para a ribeira de Linhares, igualmente no concelho de Carrazeda. Os benefícios para o Município não serão significativos, pois não poderá haver aproveitamento da albufeira por dificuldades de acesso ao local. A compensação pela área ocupada também não deverá ser significativa.