Os portugueses residentes em França vão votar, entre amanhã e o dia 1 de Abril, a favor ou contra a nova lei de reestruturação consular, que prevê o encerramento de quatro consulados no país. O referendo decorre em igrejas, em alguns eventos culturais em curso, associações e rádios portuguesesas.
O responsável pela coordenação dos colectivos contra o fecho dos consulados, António Fonseca, estima que pelo menos cinco mil pessoas votem - o equivalente ao número de portugueses que se manifestou, pela primeira vez, no centro de Paris contra uma medida do Governo português.
Os membros do colectivo deverão apresentar os resultados da consulta popular e um abaixo-assinado, que já conta com 30 mil assinaturas, na Assembleia da República, ao Governo e ao presidente da República durante a primeira quinzena de Abril.
\"Ao contrário das explicações dadas pelo Governo, os consulados não dão prejuízo 60% das receitas são desviadas para o Fundo de Relações Internacionais (FRI), o \"saco azul\" dos diplomatas, não chegando a entrar nos cofres do Estado\", argumenta António Fonseca. Segundo os seus cálculos, o FRI recebe cerca de 12,5 milhões de euros anuais dos consulados a nível mundial.