O presidente do Metro de Mirandela, José Silvano, considerou hoje que podia ter-se «poupado um ano e uma vida» se os estudos agora realizados tivessem sido feitos depois do primeiro acidente na linha do Tua.

\"Podia-se ter poupado um ano e mais uma morte, se tivessem logo recorrido a entidades externas, como fizeram agora, e não ficassem pelos relatórios da CP e da REFER\", disse à Lusa José Silvano, que é também presidente da Câmara de Mirandela.

Para o responsável pelas automotoras que fazem o percurso ao serviço da CP, se este material circulante não é o adequado também já podia ter sido mudado.

Diz o autarca que \"bastaria terem aproveitado os onze meses em que a linha esteve encerrada para fazer os estudos necessários\".

Depois do primeiro acidente e o mais grave, a 12 de Fevereiro de 2007, a linha manteve-se encerrada durante quase um ano para a realização de estudos e implementação de medidas de segurança.

José Silvano não percebe como é que \"com a manutenção que dizem que havia não se detectaram esses erros grosseiros\".

O autarca já tinha dito que não se importava que as automotoras do Metro deixem de circular na linha desde que o comboio se mantenha na região.

Mas afirma não entender também como \"é que passados dez anos de circulação das automotoras é que se considera que não são adequadas\".

O relatório final ao acidente de 22 de Agosto, em que morreu uma pessoa, concluiu existirem \"defeitos grosseiros\" na via\"e que as automotoras não são adequadas.

O presidente do Metro de Mirandela lembrou que o ministro dos Transportes, Mário Lino, ordenou sexta-feira a abertura de inquéritos à CP e REFER para apurar responsabilidades.

\"Se existem responsabilidades devem ser apuradas\", considerou o autarca.



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