Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes desenvolve projeto com o intuito de implementação de marca territorial, pretendendo assumir-se como fator de promoção e valorização da região, dos seus produtos e das suas gentes.
Está em curso o processo para a implementação da marca territorial “Terras de Trás-os-Montes”. Uma marca que se pretende agregadora dos produtos e serviços do território, assumindo-se como um dos pilares para a valorização e promoção interna e externa da região.
A Comunidade Intermunicipal (CIM) das Terras de Trás-os-Montes, enquanto entidade promotora, vê na criação desta marca uma forma de conseguir maior visibilidade para o território, impulsionando o trabalho colaborativo e em rede, contribuindo, assim, e de forma efetiva para a dinamização do tecido económico. De acordo com a própria CIM, “a ideia é que esta represente toda a oferta territorial, traduzindo-se num veículo de comunicação reconhecido por produtores e consumidores nacionais e internacionais, de forma a criar valor para o território”.
Este projeto, apesar de estar ainda numa fase embrionária, começa a ganhar forma, estando em desenvolvimento ações que visam contribuir para o sucesso da sua implementação. Foi o caso da ação de “benchmarking” que a CIM das Terras de Trás-os-Montes organizou nos Açores. A iniciativa que terminou hoje, dia 28 de setembro, teve como principal objetivo conhecer o processo de desenvolvimento desta marca e a estratégia adotada para o seu sucesso. Uma visita técnica que permitiu trocar experiências, contactar com promotores da marca, empresas e empresários, constatando no terreno os benefícios da criação de uma marca territorial e as formas de replicar as boas práticas no território das Terras de Trás-os-Montes. É nisso mesmo que consistem as ações de “benchmarking”, definidas como um “processo contínuo de comparação dos produtos, serviços e práticas empresariais entre os mais fortes concorrentes ou empresas reconhecidas como líderes”.
A visita de quatro dias à Ilha Terceira e à Ilha de São Miguel contou com uma comitiva constituída por responsáveis políticos e técnicos da CIM das Terras de Trás-os-Montes, Municípios e Associações de Desenvolvimento Local da região.
A delegação foi recebida pelo vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Sérgio Ávila, numa receção onde, também, estiveram presentes os presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, José Gabriel de Meneses, da Praia da Vitória, Tibério Dinis e os administradores da Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA), entidade gestora da “Marca Açores”.
Integraram o programa ações de formação, ministradas pela SDEA, sobre os princípios e procedimentos em que assenta a estratégia da “Marca Açores”. Na altura, foram abordados temas como a “Estratégia da Marca Açores”, a “Aplicação e Resultados da Marca”, a “Gestão da Marca” e a “Comunicação”. Esta ação incluiu, ainda, a visita a empresas regionais aderentes à marca.
De frisar que a “Marca Açores” foi criada em 2015 e em apenas três anos já tem 177 empresas aderentes e mais de 3 mil produtos e serviços certificados. Um exemplo de sucesso que a região transmontana quis conhecer “in loco”, uma vez que o objetivo da criação da marca “Terras de Trás-os-Montes” assenta, também, no envolvimento de todos os agentes da região para a concretização de uma estratégia comum que permita o reconhecimento e afirmação do território e dos seus produtos e serviços.
Neste âmbito está, também, a decorrer um concurso de ideias para a criação da identidade corporativa da marca territorial “Terras de Trás-os-Montes”. A criação de uma imagem única e identificativa do território é entendida pelos elementos da comitiva como sendo uma peça fundamental nesta estratégia de promoção territorial.
Recorde-se que a CIM das Terras de Trás-os-Montes inclui os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.