A comissão política concelhia do PSD de Bragança exigiu hoje ao Governo o \"restabelecimento urgente\" da ligação aérea com Lisboa, suspensa desde quarta-feira.

A estrutura liderada por Hernâni Dias reuniu-se para discutir o assunto e concluiu que a interrupção do serviço, da responsabilidade da Secretaria de Estado dos Transportes, «configura-se como um erro que devia ter sido evitado».

Os sociais-democratas destacam a importância deste serviço «para a mobilidade e aproximação entre o Interior do país e Lisboa» e criticam a decisão do Governo, apesar de «todas as ações e diligências efetuadas pelo município de Bragança e por esta comissão política».

A organização social-democrata exige ao Governo que seja garantido o restabelecimento urgente deste «serviço público» da ligação aérea Bragança, Vila Real, Lisboa, de acordo com os interesses da população a servir, de modo a constituir-se como um «fator de desenvolvimento da região, no presente e no futuro».

Num comunicado divulgado hoje, lembra que este serviço «é utilizado, segundo os dados oficiais, por mais de 60 % da capacidade disponível de transporte de passageiros».

Defende ainda que \"não se pode pÎr em causa o investimento efetuado, que teve o apoio da Administração Central\", numa referência que destaca o alargamento da pista do aeródromo municipal de Bragança de 1.200 para 1.700 metros, passando a ocupar a primeira posição no Sistema Aeroportuário de entre os 24 aeródromos do país\".

O PSD recorda ainda o projeto para a elevação da infraestrutura a aeroporto regional, que contempla nova ampliação da pista para 2.300 metros e novo terminal com capacidade para 200 pessoas, para operação de aviões com maior lotação que os atuais 19 lugares do aparelho que fazia a carreira aérea regional.

Os novos projetos já tiveram a aprovação do Instituto Nacional de Avião Civil (INAC), organismo com o qual o município celebrou um protocolo para a instalação de um radar de apoio à navegação aérea, num investimento na ordem do milhão de euros.

\"Não se pode pÎr em causa o desenvolvimento desta importante infraestrutura aeroportuária regional de âmbito nacional e transfronteiriço, porque é estratégica no âmbito do ordenamento do território e no combate às assimetrias entre o Interior e o Litoral\", defendem.

Alegam ainda que esta infraestrutura \"é estratégica na potencialidade que assume para a interligação com outras infraestruturas similares e incremento da mobilidade e de visitantes à região, no desenvolvimento da atividade económica pelo turismo, entre o destino turístico Douro, a área protegida do Nordeste Transmontano e as áreas próximas de Castela e Leão\".

A ligação aérea foi interrompida depois de 15 anos de voos entre Bragança, Vila Real e Lisboa, financiados pelo Estado com 2,5 milhões de euros por ano.

O Governo ainda não prestou qualquer esclarecimento público sobre a paragem e futuro desta carreira regional.



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