Depois do aval do secretário de Estado da Agricultura, esta sexta-feira, a Agro Industrial do Nordeste (AIN) e a PEC Nordeste assinam o contrato de compra e venda da unidade de abate do Cachão, no concelho de Mirandela.

Uma proposta que a AIN - com capital social das câmaras de Mirandela e Vila Flor - já tinha apresentado há cerca de dois anos e que necessitava apenas da autorização governamental, porque a empresa que gere o matadouro, a PEC Nordeste, tem 92% de capitais públicos.

Um acordo que só foi possível porque o Estado tem vindo a sair do sector das carnes e decidiu privatizar as quatro empresas PEC que existiam no país.

O negócio envolve 400 mil euros, mas António Mendonça, administrador delegado da AIN, revela que \"vão ter de ser feitos ainda alguns investimentos em maquinaria, para modernizar o matadouro, e contamos criar uma empresa de salsicharia para aproveitamento dos produtos resultantes do abates dos animais.\" Para além destes investimentos, o contrato prevê a manutenção dos 48 postos de trabalho e procurar cativar privados para abaterem animais naquela unidade e integrarem a gestão.

Segundo a administração da PEC Nordeste, aquele matadouro vinha a apresentando resultados negativos, \"fruto de uma crescente diminuição da actividade, provocada pelo aumento do consumo de carne importada, da instalação de grandes superfícies comerciais na zona, que se abastecem a partir de centrais de compras, em detrimento do mercado regional, mas sobretudo porque entraram em funcionamento novas unidades em Vinhais, Bragança e Miranda do Douro, que vieram juntar-se às do Cachão e de Montalegre.\"

No entanto, António Mendonça garante que \"o matadouro do Cachão vai ser rentável, apesar da forte concorrência, sobretudo da unidade de Bragança.\"



PARTILHAR:

Deputada apelou à convergência

Imagens de acidentes com tractores