O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou hoje, em Vila Real, o alargamento dos contratos locais de segurança a todos os concelhos portugueses, revelando que serão assinados em breve contratos com Odivelas, Sintra, Faro e Viseu.

Rui Pereira, que falava à margem de uma reunião com todos os governadores civis do país, referiu que depois do Porto e Loures, serão assinados contratos locais de segurança \"com todas as câmaras que se mostrarem disponíveis\".

O responsável adiantou que já estão a ser negociados contratos com Odivelas, Sintra, Faro e Viseu.

Estes contratos surgem integrados na Estratégia de Segurança para 2008, definida pelo Governo, que tem vindo a ser concretizada, entre outras, pelo reforço das políticas de policiamento de proximidade.

Para o ministro, \"segurança é polícias na rua, mas é também o recurso às novas tecnologias, à videovigilância, à georeferenciação e a um programa de proximidade em relação às populações envolvendo representantes das comunidades e mediadores\".

\"Nós estamos atentos a todas essas vertentes para dar mais segurança e prevenir a criminalidade\", frisou Rui Pereira.

Os contratos visam, segundo frisou Rui Pereira, reduzir os índices de criminalidade, a violência doméstica, comportamentos anti-sociais e o sentimento de insegurança, garantindo parcerias entre o Governo, o Ministério da Administração Interna, forças de segurança, as autarquias, organizações não governamentais ou outras associações que possam dar um contributo decisivo para a segurança.

Rui Pereira recordou o contrato celebrado com a Associação Nacional de Municípios Portugueses organismo que, segundo referiu, se mostrou disponível para dinamizar junto aos seus associados a celebração destes contratos.

O ministro salientou ainda que, na próxima semana, será apresentada na Assembleia da República a nova proposta da Lei das Armas, que pretende garantir que, em todos os casos em que haja detenção ilegal de armas ou crimes cometidos com armas passa a ser aplicada, de forma \"ainda mais clara do que hoje\", a prisão preventiva.

\"Para prevenirmos a criminalidade e darmos mais segurança aos portugueses, trabalhamos a vários níveis, inclusive no plano legal. Faremos qualquer acerto e alteração legal que se mostre necessário para dar mais segurança e, por isso mesmo, é que vamos rever a lei das armas\", frisou.

Questionado pelos jornalistas sobre a manchete de hoje do Correio da Manhã, que refere que se instalou em Portugal uma máfia das favelas brasileiras - com um grupo de jovens brasileiros a criar uma cópia do Primeiro Comando da Capital, a que deram o nome de Primeiro Comando de Portugal - o ministro salientou que a \"criminalidade organizada é, em geral, competência da Polícia Judiciária\".

O jornal diz ainda que o grupo, que se instalou na margem sul de Lisboa, \"é composto por jovens provenientes das favelas brasileiras, para quem a violência é um modo de vida. Têm hino no YouTube e agregam-se na Internet, onde mostram alguns dos produtos do crime. Desafiam as autoridades e congregam o gosto pelas armas\".

Rui Pereira referiu que em relação a essa criminalidade organizada existem \"processos crimes em curso, que estão segredo de justiça\" e sobre os quais não fala.

Recordou a presença policial massiva nas ruas, que considerou ser muito reconfortante para a população, as acções preventivas com vista a apreensão de armas, detenção suspeitos e apreensão droga que circule ilicitamente, e o \"grande esforço desenvolvido no domínio da investigação criminal\".

\"Para além da PSP e GNR, a PJ tem desenvolvido um esforço coroado de êxito para capturar justamente pessoas que estão envolvidas nesse crimes mais graves\", afirmou.



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