O Tribunal de Vimioso condenou no passado dia 22 de Dezembro, a três anos de prisão um empresário acusado de duplo homicídio numa festa de aldeia, ilibando-o da maioria dos crimes de que era acusado.
Graça Martins de 25 anos encontrava-se numa festa com uma bebé de dois anos ao colo, quando foi atingida com um dos projecteis disparados durante uma luta entre dois homens, na freguesia de Uva entre dois homens, um de 52 anos outro de 72 que viria a falecer mais tarde.
O Tribunal de Vimioso, condenou Armando Sousa e Silva de 52 anos, a três anos de prisão, por não dar como provado que foi a sua pistola que matou a mulher.
Já que os exames de balística não conseguiram apurar com exactidão qual a munição que vitimou Graça Martins, ficando no entanto provado que foi a arma do arguido que matou António Afonso de 72 anos, o homem que terá iniciado o tiroteio que veio a falecer 45 dias depois no hospital.
O colectivo alterou a moldura penal proposta pelo MP, condenando o arguido pelo crime de homicídio privilegiado. O empresário, em prisão preventiva desde Setembro de 2005 poderá sair do Estabelecimento Prisional de Bragança dentro de alguns dias.
Política no seio da desavinda.
Recordo que o tiroteio ocorreu na noite de 14 de Setembro de 2005, durante um arraial. Armando Sousa Silva, empresário de metalomecânica, natural de Famalicão, estava sentado no café da localidade quando António Afonso, 72 anos, natural de Uva, Vimioso, entrou no estabelecimento comercial de arma em punho, disparando sobre o seu opositor, com quem tinha trocado agressões violentas á uns 15 dias atrás por questões políticas.
O empresário agora condenado, apesar de estar atingido com chumbos no braço, levantou-se e, como estava armado, ripostou, dando assim origem a uma troca de tiros que aconteceu já fora do café. Foi uma dessas munições que atingiu Graça Martins, de 25 anos, que protegia as suas filhas, uma delas encontrava-se ao seu colo.