O Tribunal de Bragança começou hoje a julgar um montenegrino que alvejou com vários tiros uma mulher na via pública, há cerca de um ano.
A vítima, que ficou gravemente ferida, sobreviveu aos disparos que foram seguidos de um enorme aparato policial para capturar o indivíduo que se barricou, durante várias horas, numa casa abandonada.

O arguido, Ale Rovcaninn, encontra-se em prisão preventiva desde a data dos factos, 17 de Julho de 2006.

Rovcaninn responde por oito crimes que totalizam quase o dobro dos 25 anos de prisão, a pena máxima permitida no sistema jurídico português.

O montenegrino está acusado de dois crimes de coacção grave e um de rapto contra a mulher de 41 anos com a qual manteria uma relação amorosa.

De acordo com a acusação, estes crimes foram cometidos antes do tiroteio, em Abril de 2007.

Pelo ataque de 17 de Julho é acusado dos crimes de homicídio qualificado, sob a forma tentada, e de um crime de ofensa à integridade física simples.

O arguido responde ainda por dois crimes de posse ilegal de arma e um crime de resistência e coação sob funcionário, por ter desrespeitado a autoridade policial, durante as quatro horas que esteve barricado numa casa abandonada próximo da zona dos disparos, no Alto do Sapato.

O indivíduo está a ser julgado com a ajuda de um tradutor por não falar português, embora, segundo disse ao colectivo de juízes, esteja imigrado em Portugal há sete anos.



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