Depois de uma estreia promissora na prova de abertura do Campeonato do Mundo de Motocross, disputada em Valkenswaard, na Holanda, onde conseguiu o quinto lugar na categoria de 125 cc, o agora piloto da equipa alemã Yamaha Kurz Casola, Rui Gonçalves, vê-se impedido de participar nas provas durante, pelo menos, dois meses, em virtude de uma queda sofrida durante a segunda prova do campeonato, disputada no circuito da localidade francesa de Thomer la SÎgne.

Tudo ocorreu quando Rui Gonçalves entrava num "rego" de uma curva larga e bateu numa pedra, sendo de imediato cuspido da mota e vindo a cair de costas. Como se não bastasse o aparato da queda, a moto ainda caiu em cima do jovem transmontano, impedindo que este se pudesse mexer. "Tinha deslocado o Fémur da Bacia. Fui levado para o hospital e lá colocaram-me o Fémur no sítio". Assistido no local, viria a constatar-se que tinha o fémur da bacia deslocado. Uma lesão grave, mas perfeitamente recuperável. Depois de ter recebido tratamento imediato em França, Rui Gonçalves, foi transferido para a Bélgica, onde está agora a ser assistido.

O jovem vidaguense encontra-se já em plena recuperação e empenhado em ultrapassar o mais depressa possível este momento da sua carreira. Para já, e ao contrário do que inicialmente os médicos previam, o jovem está a recuperar positivamente e os três a quatro meses de paragem previstos poderão reduzir-se a apenas dois meses de inactividade.

Felizmente, depois de lhe terem realizado diversos exames, constataram que não sofreu outras lesões, pelo que, em condições normais, a sua recuperação será mais rápida. Em declarações ao site fozmotor.com, Rui Gonçalves confessou que já se sente melhor. "Não tenho dores e já andei de muletas. Na próxima terça feira devo ir ao médico do Stefan Everts [outro motociclista que sofreu várias lesões no percurso da sua carreira] para ele também me observar. Esta é uma lesão que raramente acontece e é muito chato porque aconteceu-me logo no início do primeiro ano de Mundial e depois de ter começado tão bem. Toda a gente me está a apoiar e a tratar muito bem, agora tenho que me concentrar na recuperação para poder voltar o mais depressa possível", comenta.

O certo é que, depois de provas dadas nos campeonatos nacionais em que participou, nesta sua ainda curta carreira, mas recheada de títulos, o jovem vidaguense se vê agora impedido de prosseguir normalmente a sua carreira, num ano em que procurava cotar-se como um dos melhores do mundo na sua categoria, tendo já demonstrado potencial para o conseguir.



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