Vinhais quer promover e valorizar a castanha local, mostrando que este fruto pode ter novos usos na gastronomia e na doçaria. Esta é a produção mais rentável da Terra Fria, movimentando anualmente mais de 16 milhões de euros.
Entre hoje e domingo, Vinhais está transformada na capital da castanha. A aposta este ano vai para a gastronomia e doçaria à base deste fruto, que está a tornar-se uma moda, mas também haverá castanha assada no maior assador do mundo e jeropiga para o povo.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Câmara de Vinhais aposta na realização da Rural Castanea-Feira da Castanha, que este ano reforçou a componente da gastronomia e da doçaria à base daquele fruto de Outono.
O objectivo da iniciativa é a \"valorização da castanha\", referiu o presidente Câmara de Vinhais, Américo Pereira, uma vez que é a produção mais rentável do concelho, possibilitando um lucro ainda maior do que o fumeiro. Na Terra Fria, só em Bragança e Vinhais, a castanha movimenta anualmente mais de 16 milhões de euros, e representa 67,8% da produção nacional com a colheita média de 20 mil toneladas. Trata-se de uma valia considerável, uma vez que o preço médio, em 2007, rondou entre os 80 cêntimos e um euro por quilograma.
\"A feira do fumeiro está consolidada, agora falta consolidar a da castanha, o que faz parte da nossa estratégia de desenvolvimento rural e de desenvolvimento turístico\", referiu o autarca. A fileira do fumeiro criou emprego, mas a castanha é mais rentável.
O certame conta com a adesão à Semana Gastronómica, por 12 restaurantes do concelho e um concurso de doçaria à base de castanha, evento onde aparecem receitas originais. Um dos doces em destaque será o Ouriço de Castanha, confeccionado pelo pasteleiro de Bragança Eurico Castro, que decidiu dar ao fruto utilizações sofisticadas.