O município de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, convida a passar o primeiro fim de semana de novembro com os sabores e tradições da montanha, numa festa que tem também debate e convívio entre gerações.
Há quatro anos que Alfândega da Fé celebra a Festa da Montanha, na aldeia de Sambade, para “divulgar e celebrar as potencialidades” desta zona, situada na Serra de Bornes, com um conjunto de iniciativas que vão desde a música à gastronomia ou debates, com destaque para uma das principais culturas da serra: a castanha, como divulgou a Câmara Municipal.
A festa começa sexta-feira e decorre até domingo, e incluiu ainda atividades ligadas à caça, desportivas e um conselho raiano, no sábado, para debater a Acessibilidade e Coesão Territorial, organizado pela Plataforma RIONOR, que reúne portugueses e espanhóis na discussão dos problemas comuns à raia.
A festa arranca, na sexta-feira, com as lendas e misticismo da montanha numa peça de teatro “A Deusa da Serra de Bornes”, representada pela companhia Teatro Filandorra, em conjunto com o grupo local TAFÉ.
A gastronomia é uma das novidades desta edição com os sabores da montanha servidos pelo “Chef” Marco Gomes, que incluem o cabrito transmontano DOP (Denominação de Origem Protegida) ou javali.
Na época dos magustos, não faltará também castanha assada para servir durante todo o certame, acompanhadas pela queimada Monte Mel.
Num ano em que a castanha está marcada pela seca severa, a produção estará também em debate no seminário "Conhecer e valorizar o território", a realizar no domingo, para “debater e conhecer técnicas e meios de produção deste produto tão importante na economia local”, como indicou o município.
No fim de semana é esperada a presença de “cerca de duas centenas de caçadores” para uma montaria ao javali, uma espécie cinegética que atrai adeptos da caça à região.
Durante a festa haverá também oficinas para “Brincar com os Sentidos”, uma iniciativa do CIT - Centro de Interpretação do Território, destinada a avós, pais e filhos.
Com esta experiência pretende-se “promover o contacto e a exploração de diversas sonoridades do dia-a-dia, do ambiente e da natureza, através de jogos musicais, de expressão dramática de movimentos corporais, de sentimentos, de histórias e de exercícios de plástica”.
Os três dias terão ainda animação musical em vários momentos da Festa da Montanha.