O espanhol Héctor Sáez (Euskadi-Murias) venceu hoje a sexta etapa da Volta a Portugal em bicicleta, em Bragança, enquanto o compatriota Gustavo Veloso (W52-FC Porto) manteve a liderança, apesar de uma queda na parte final.

Após o dia de descanso, Sáez foi o mais forte dos 11 fugitivos e completou os 189,2 quilómetros de percurso iniciado em Torre de Moncorvo em 4:55.14 horas, cortando a meta com sete segundos de vantagem sobre o canadiano Benjamin Perry (Israel Cycling Academy) e 10 em relação ao espanhol Tzomin Juristi (Euskadi).

Gustavo Veloso cortou a meta quase nove minutos depois, mas foi-lhe atribuído o tempo do grupo principal, que chegou a 4.29 do vencedor, uma vez que a queda aconteceu dentro dos últimos três quilómetros.

O galego conservou a camisola amarela, com 15 segundos de avanço para o colega de equipa João Rodrigues, que também esteve envolvido na queda, e 22 sobre o espanhol Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano), terceiro.

Na quinta-feira, a sétima etapa, com 156,2 quilómetros, vai ligar Bragança a Montalegre, com final na Serra do Larouco, a 1.500 metros de altitude, onde a meta coincide com contagem montanha de primeira categoria.

 

Veja em baixo os primeiros 10 classificados na Meta de Bragança

 

O Diário de Trás-os-Montes estava no local da queda do camisola amarela, Gustavo Veloso. Veja as fotos em baixo e o video mais logo.

 

Gustavo Veloso e João Rodrigues vão ao hospital após queda

 

 O líder da classificação geral da 81.ª Volta a Portugal em bicicleta, o espanhol Gustavo Veloso, e o segundo, João Rodrigues, ambos da W52-FC Porto, estiveram hoje envolvidos numa queda e vão ser observados no hospital.

“A minha queda, do Gustavo Veloso e do Daniel Mestre [colega de equipa] afetou-nos bastante. Vamos ao hospital ver como estamos, à partida será só a pancada. Dói-me a anca, mas deve ser só o pisado de bater no chão”, explicou João Rodrigues, após o final da sexta etapa da Volta, ganha pelo espanhol Héctor Saez (Euskadi-Murias).

Já o camisola amarela, Veloso, admitiu que o problema foi “o susto e a pancada”, ainda que ambos sejam “coisas que fazem parte do ciclismo”, depois da queda que afetou o trio dos ‘dragões’ nos últimos três quilómetros da tirada, já nas ruas de Bragança, onde a vitória na etapa sorriu ao espanhol Héctor Sáez (Euskadi-Murias).

“Foi pena não parar de chover para secar a estrada, mas a rotunda devia ter óleo. Meio pelotão caiu ali, e só não caiu quem travou antes porque já tinha gente no chão”, referiu o galego, que manteve a camisola amarela, com 15 segundos de avanço para João Rodrigues e 22 sobre o espanhol Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano), terceiro.

O acidente sucedeu já dentro da zona em que as diferenças de tempo motivadas por queda são neutralizadas, pelo que ambos foram creditados com o tempo do grupo em que seguiam e mantiveram as duas primeiras posições, mas serão observados no hospital antes de perceberem “como alinhar na quinta-feira” para “mais uma luta”, referiu João Rodrigues.

Veloso, por seu lado, afirmou que sente várias partes do corpo “pisadas, mas há quem esteja pior”, e vai juntar esta “às muitas pancadas” que já traz no corpo.

Para quinta-feira, a sétima etapa culmina na Serra do Larouco e será “mais uma etapa complicada, que também pode ter chuva”, avaliou João Rodrigues, enquanto Daniel Mestre, que lidera a classificação por pontos, se mostrou disposto a “estar na guerra outra vez”.

“Vamos ver como recuperamos esta noite. Quando caímos sentimos mais a quente, mas pode melhorar com o tempo”, atirou.

 

6.ª etapa - Declarações

Declarações após a sexta etapa da 81.ª Volta a Portugal em bicicleta, uma ligação entre Torre de Moncorvo e Bragança (189,2 quilómetros):

Héctor Saez (vencedor da etapa): “Foi um dia muito duro. Estive bem, ao entrar na fuga. Sentia-me forte e confiante. Queria ganhar, estávamos há muitas etapas a atirar ao poste, por isso foi ótimo ganhar. É a minha primeira grande vitória. Não consegui ganhar na Volta a Espanha, mas ganhar aqui é como ganhar em casa”.

 

Gustavo Veloso: “(Sobre a queda) Foi um susto e uma pancada, mas é parte do ciclismo. Foi pena não parar de chover antes, para secar a estrada, mas a rotunda devia ter óleo. Meio pelotão caiu ali, só não foi quem travou antes porque já tinha gente no chão.

O importante é ultrapassar estas coisas. Agora, tenho de pôr gelo na pancada, rotinas que temos de ter, mas é mais uma pancada para as muitas que já levei. Vou ver como acordo amanhã [quinta-feira]. Está pisado, mas há quem esteja pior.

No momento em que se cai, depende de onde se bate, no corpo. Caímos todos da mesma maneira, a maior parte são nas costelas ou na anca. Espero que ninguém se tenha magoado a sério e todos possamos alinhar com tranquilidade”.

 

Filipe Cardoso (quinto na etapa e melhor português): “Em teoria, era dos ciclistas mais rápidos do grupo. Senti que esperavam que eu arrancasse e tive de jogar com o facto de o Sporting ter dois ciclistas. Em 200 quilómetros, tudo se paga. Tentámos, estivemos na frente, podíamos ter ganho".

 

Micael Isidoro (oitavo na etapa): “Pensei em atacar, até antes do Filipe Cardoso. Os ‘ses’ não contam, mas podia ter tirado algum benefício. Estivemos na discussão da corrida, fizemos o que tínhamos de fazer, foi positivo. É um resultado importante. Queríamos discutir algumas vitórias em etapa, estamos a tentar. A vitória não sorriu, mas vamos continuar a tentar”.

 

Rafael Lourenço (11.º na etapa): “Estou muito triste (pela queda no final). A rotunda estava muito escorregadia, ia discutir a vitória e foi tudo por água abaixo. A equipa tinha uma oportunidade única de discutir uma vitória.

O objetivo da equipa era o Venceslau Fernandes e o Osorio estarem na luta pela geral e eu na juventude. Depois, quando já não era possível para mim, foi tentar entrar em fugas e discutir alguma vitória”.

 

Luís Gomes (líder da classificação da montanha): “É importante vestir uma camisola na Volta a Portugal. É muito especial subir ao pódio. (Sobre a manutenção da camisola) Hoje foi um dia desgastante, vamos ver. A chuva complicou”.

 

Jóni Brandão (quarto à geral): "Naquele momento da queda, bateram-me na bicicleta e ela não andava. Inevitavelmente, fiquei para trás. Nesta etapa tivemos uma partida complicada, logo com muitos ataques.

Estou na discussão da corrida, a 25 segundos, nada está perdido e vou continuar a acreditar. Nem sempre o corpo corresponde como queremos, mas espero sentir-me bem nestes dias para, pelo menos, encurtar a distância para o primeiro lugar.

 

Trio da W52-FC Porto sem lesões graves após queda

Os corredores Gustavo Veloso, João Rodrigues e Daniel Mestre não têm lesões graves e devem alinhar à partida da sétima etapa da Volta a Portugal em bicicleta, disse à Lusa o diretor desportivo da equipa W52-FC Porto.

“Estão mais ou menos. Não têm nada partido, e em princípio, amanhã [quinta-feira], estarão na partida”, afirmou Nuno Ribeiro à Lusa, na sequência da queda na sexta etapa do camisola amarela, o espanhol Gustavo Veloso, do segundo da geral, João Rodrigues, e do líder da classificação por pontos, Daniel Mestre.

Segundo o diretor, apenas João Rodrigues e Daniel Mestre foram ao hospital para avaliarem a extensão das lesões, enquanto Veloso foi “avaliado pelo médico da corrida” e acabou por não precisar de ser observado num centro hospitalar após a etapa ganha pelo espanhol Héctor Sáez (Euskadi-Murias)

Os ciclistas estavam inseridos na frente do pelotão na chegada a Bragança, sendo apanhados numa queda que abrangeu vários corredores, ainda que o tempo perdido para o grupo em que seguiam não tenha sido considerado, pelo facto de o acidente ter acontecido nos últimos três quilómetros.

Após as mazelas recolhidas no primeiro dia de chuva da 81.ª edição, Veloso vai defender a amarela na sétima etapa, oitavo dia de prova, uma ligação de 156,2 quilómetros entre Bragança e a Serra do Larouco, para a qual parte com 15 segundos de vantagem sobre João Rodrigues e 22 para o espanhol Vicente García di Mateos (Aviludo-Louletano).


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