Os deputados da Assembleia Municipal (AM) de Vila Pouca e Aguiar exigem a reabertura do atendimento nocturno do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), do posto da GNR de Pedras Salgadas e o reforço dos militares da GNR no concelho.

Fonte da autarquia de Vila Pouca de Aguiar anunciou hoje que os deputados da maioria PSD, e os do PS e do CDS, aprovaram por unanimidade, na AM de sexta-feira, moções nos sectores da saúde e segurança que serão agora enviadas aos ministros da Saúde e da Administração Interna, à Administração Regional de Saúde do Norte e ao Governador Civil de Vila Real.

Os deputados municipais exigem o reforço de meios e equipamentos no posto da GNR de Vila Pouca de Aguiar e a reabertura do atendimento nocturno do posto da GNR de Pedras Salgadas, que actualmente funciona apenas das 09:00 às 17:00.

O pedido para que o Governo «tome urgentes medidas de reforço dos recursos humanos e de meios técnicos operacionais para as forças de segurança» surge na sequência da «vaga de assaltos» a estabelecimentos comerciais, instituições públicas ou residências paroquiais nos núcleos urbanos das vilas.

O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, o social-democrata Domingos Dias, mostrou-se muito preocupado com «o sentimento de insegurança da população».

Segundo a fonte da autarquia, desde o mês de Fevereiro que se tem assistido a «muitos assaltos» na vila termal e na sede de concelho.

A 10 de Março, em Pedras Salgadas o padre Manuel Teles (que tem a seu cargo as freguesias de Pensalvos e Parada de Monteiros) foi «obrigado» a dar dois mil euros ao ser coagido à porta de casa.

Alguns dias depois, foi a vez de lojas comerciais e equipamentos sociais serem assaltados.

Após uma reunião ordinária do Conselho de Segurança de Vila Real, que decorreu na semana passada, o Governador Civil, António Martinho, afirmou que o número de assaltos verificados no distrito «não é anormal».

«Há consciência de que existiram situações com significado e que importa estar atento. Mas, em termos de criminalidade, não há qualquer anormalidade relativamente a anos anteriores», referiu António Martinho.

Acrescentou que, no entanto, se tem verificado uma «especialização» dos actores dessa criminalidade, já que «têm demonstrado mais experiência e que dominam técnicas especiais».

Os deputados municipais exigem ainda que a nova ministra da saúde, Ana Jorge, «proceda à reabertura do SAP em regime de 24 horas por dia».

O atendimento nocturno do SAP local fechou a 27 de Dezembro.

Os deputados consideram que a substituição do titular no Ministério da Saúde traz «novas expectativas para mudança de decisão em relação ao SAP».

No entanto, lamentam que ainda não tenha existido, por parte de Ana Jorge, qualquer forma de diálogo com os representantes da população.

Também em Alijó, cujo SAP nocturno encerrou no mesmo período, A Associação de Utentes de Saúde do Concelho de Alijó (AUSCA) está a promover uma recolha de assinaturas em defesa da reabertura deste serviço.

A AUSCA, que foi criada em Janeiro como forma de protesto contra o encerramento nocturno do SAP, tem como principais objectivos a protecção dos interesses e dos direitos dos utentes de saúde do concelho de Alijó.



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