À semelhança de Cristo, D. José Cordeiro lavou os pés a presos da Diocese no dia que antecedeu a procissão da Paixão do Senhor, este ano com uma moldura humana pouco expressiva.
“O bem faz sempre bem e nunca faz barulho, não confunde os meios com os fins, porque sabe que o fim é a salvação na cruz ressuscitada e ressuscitadora de Cristo, que me leva a ver, olhos nos olhos, o Pai e os irmãos”, asseverou o 44º Bispo da Diocese Bragança-Miranda durante a homilia da celebração na Catedral de Bragança. D. José Cordeiro sustentou que “o mal faz sempre mal e faz barulho e até mata” ao relembrar a “situação dramática” dos atentados terroristas em Bruxelas.
Depois da missa de sexta-feira Santa, seguiu-se a procissão da Paixão do Senhor que partiu da Catedral às 17 horas e que, depois de passar pelo centro da cidade, terminou na Igreja da Misericórdia, reunindo uma pequena multidão de católicos devotos, que responderam a uma só voz ao chamamento de Cristo.
De salientar, ainda, o exemplo dado pelo prelado no dia de quinta-feira, quando lavou os pés a alguns reclusos do sistema prisional da Diocese, sublinhando ao longo da missa da Ceia do Senhor a relevância de um gesto simples, mas carregado de simbolismo, deixado em herança por Cristo para a sociedade civil e que o Papa Francisco tem replicado numa atitude de um caráter tão humilde que, não só tem conquistado centenas de milhar de novos fiéis como, também, tem reaproximado outros que, não sendo novos, já se tinham afastado dos caminhos profetizados pela Igreja Católica.
“Jesus diz que temos de ser servos uns dos outros e que ninguém se torne senhor dos outros. No âmago deste gesto de nova e eterna misericórdia está o sentido do amor a todos, especialmente aos que mais sofrem e até aos inimigos”, expressou D. José Cordeiro.
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