Depois de ter alcançado o segundo lugar em 2023, a seleção portuguesa do clero vai à Albânia lutar pelo sexto título no Europeu de futsal para padres católicos, participação que é apoiada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
A seleção portuguesa de futsal do Clero ultima os preparativos para a 16.ª edição da Clerigus Cup, na Albânia, com “a expectativa e a esperança” de voltar a ser campeã.
“Queremos melhorar o resultado do ano passado, que é sermos campeões. É isso que nos move e que, também, nos levou a esta preparação que começou em setembro [de 2023], para melhorarmos pequenas questões técnicas”, vincou o padre Gil, capitão da equipa, em declarações à Lusa.
No último Europeu, na Roménia, a ‘turma’ portuguesa alcançou o segundo lugar após ter sido derrotada pela Polónia (3-2), que revalidou o título conquistado em 2020, na República Checa.
Este ano, na Albânia, com Montenegro, Roménia e Cazaquistão no grupo de Portugal, Gil acredita que a equipa irá encontrar dificuldades, destacando que há cada vez mais e melhor preparação de todas as seleções.
Ainda assim, na fase de grupos, o pároco da Diocese de Braga acredita que a mais difícil de ‘bater’ será a seleção romena, pelo “poderio físico”, mas garante que a equipa lusa tem “arte e engenho” para vencer qualquer adversário.
“Temos trabalhado para que exista solidariedade de uns para com os outros, porque onde um falhar, o outro vai lá estar. Quanto mais soubermos dar as mãos e os braços, mais perto estará o título de se realizar na vida de cada um de nós”, reiterou.
Também o padre Manuel Fernando, ex-jogador e treinador, agora responsável pela logística, destacou a exigência e o rigor da preparação da equipa portuguesa, que quer voltar a sentir “o sabor da vitória”.
“Inicialmente foi feita uma seleção de cerca de 20 padres, dos quais foram escolhidos 12, depois de um trabalho intenso e exigente. Podemos dizer que a seleção está altamente motivada e, sobretudo, com ‘ganas’ de vencer esta competição”, assegurou o responsável.
Para esta tarefa, a seleção lusa conta com o apoio da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), o que lhe permite disputar o Europeu de ‘quinas’ ao peito.
“Toda a nossa participação tem o apoio da FPF que não é, apenas, de boas palavras, mas [que inclui] também a concessão de equipamentos, o que nos permite envergar o símbolo da seleção nacional, [facto] que nos enche de orgulho e nos responsabiliza”, frisou o pároco da Diocese do Porto.
Manuel Fernando relembrou, ainda, a importância de não “perder de vista” o propósito que esteve na origem da competição, “há cerca de 20 anos”, quando “um padre austríaco procurou congregar o clero de alguns países da antiga Jugoslávia”.
Paralelamente, destacou a vertente “cultural” do torneio, a par das “celebrações diárias em latim”, o que “permite criar uma proximidade entre clero de vários países, com estilos diferentes, mas com o mesmo objetivo e a alegria de viver o desporto e a fé”.
A prova, criada em 2003 e denominada como Clerigus Cup, realiza-se entre segunda-feira e sexta-feira, na Albânia, e conta com 17 seleções inscritas.
A equipa portuguesa junta 12 párocos de diferentes dioceses do país, como Braga, Porto, Viana do Castelo, Lamego e Vila Real, tendo a última o grupo mais representativo da seleção portuguesa de futsal do clero.
*** Mariana Ribeiro, da agência Lusa ***