Os cinco guardas-nocturnos da cidade de Vila Real estão a trabalhar há cerca de um mês sem as respectivas licenças renovadas, uma situação que a Câmara local promete que estará resolvida em breve.
O vereador Domingos Madeira Pinto disse na segunda-feira que a situação dos guardas-nocturnos estará regularizada até ao final deste mês, escusando-se a explicar os motivos que estiveram na origem deste atraso.
Os documentos deveriam ter sido renovados pela autarquia durante o mês de Dezembro, e, enquanto isso não acontece, os guardas- nocturnos estão a desempenhar a sua actividade de forma juridicamente ilegal, uma situação que poderá limitar a sua actuação.
Segundo o vereador, ainda este mês será feito um balanço do serviço de guardas-nocturnos, uma iniciativa admitida no Decreto-Lei nº. 318/95, que foi criado mediante uma parceria entre a autarquia, Governo Civil e Comando Distrital da PSP.
Durante dois anos, seis homens patrulharam as ruas de cinco áreas urbanas e industriais da cidade, mas sempre se queixaram da \"falta\" de contribuição por parte dos comerciantes e habitantes da cidade, tendo inclusive um deles desistido recentemente deste trabalho.
Um dos guardas-nocturnos, José Luís Coelho, salientou que durante estes dois anos \"quase nada\" foi feito para apoiar este serviço e adiantou que alguns colegas sentem mesmo dificuldades para conseguir dinheiro suficiente para pagar todas as despesas.
Porque muitos comerciantes não aderiram a este serviço, o guarda-nocturno defende mesmo que a Associação Comercial e Industrial de Vila Real poderia estabelecer uma \"pequena\" quota mensal para ajudar Relativamente à PSP, que é quem coordena este grupo, José Luís Coelho referiu que durante estes dois anos não foi realizada \"mais nenhuma acção de formação\".
A acção dos guardas-nocturnos faz-se sentir mais nos crimes contra o património, como furtos em veículos, ajudando ainda na identificação de alguns suspeitos, na detenção de autores de assaltos a lojas e na recuperação de viaturas e objectos furtados.