IEFP anunciou a abertura de um processo de averiguações ao desaparecimento de documentação que está a impedir a emissão de diplomas a vários formandos .
O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) anunciou a abertura de um processo de averiguações ao desaparecimento de documentação na delegação de Bragança que está a impedir a emissão de diplomas a vários formandos.
A situação foi denunciada a uma rádio local de Bragança, a RBA, por um grupo de oito formandos que terminou um curso de formação profissional com equivalência ao 9º ano no IEFP de Bragança, há mais de um ano, e que ainda não conseguiram o certificado de diploma.
Segundo Sara Campos, uma das formandas do curso de Práticas Administrativas no ano lectivo de 2003/2004, os processos relativos a estes formandos desapareceram, com toda a documentação, desde a matrícula, aos contratos que celebraram com a instituição, ou comprovativos de frequência e aprovação da formação.
O delegado regional do Norte do IEFP, Avelino Leite, classificou a situação como \\"inédita no país\\", considerando ainda \\"inadmissível o eventual extravio dos processos, assim como o facto de os formandos se encontrarem há mais de um ano à espera dos diplomas, sem que o problema tenha sido resolvido\\".
O responsável regional do IEFP anunciou que vai ser desencadeado um processo de averiguações para indagar o que ocorreu e que, \\"se se constatar que as coisas não estão como deviam estar, obviamente que terão de ser assacadas responsabilidades\\".
O delegado regional disse já ter contacto com a direcção dos serviços locais do IEFP, que se encontra em funções há três meses, e ter tomado conhecimento de situações semelhantes, pelo menos, desde 2002, com formandos à espera dos certificados de diploma há um, dois e três anos.
Avelino Leite adiantou ter dado instruções à delegação de Bragança para que, durante a próxima semana, se reúnam elementos comprovativos de que a formação foi dada com aproveitamento aos formandos em causa para que possa ser emitido o certificado de diploma.
Sem este documento os formandos não podem comprovar junto de entidades patronais a formação recebida nem prosseguirem os estudos, como aconteceu com Sara Campos que não pode frequentar o 10º ano por falta do certificado que lhe dava equivalência ao nono ano de escolaridade.