Sentença de homicida confesso de idosa no lugar da Senhora da Ribeira, Carrazeda de Ansiães, está agendada para hoje, no tribunal de Bragança.
O processo marcou o regresso dos julgamentos ao tribunal de Carrazeda de Ansiães, que foi transformado em secção de proximidade com a Reforma Judiciária. As audiências acabaram, no entanto, por ser transferidas para a sede da comarca, em Bragança, para onde está marcada a leitura da sentença.
O crime ocorreu no dia das eleições legislativas, em 04 de outubro de 2015, e o suspeito, de 49 anos, encontrava-se em liberdade condicional depois de ter cumprido uma pena pelo mesmo tipo de crime.
No início do julgamento, a 23 de junho, o arguido confessou o crime, alegando estar alcoolizado e disse que não tinha intenção de tirar a vida à vítima, uma idosa de 85 anos.
O homicida confesso está acusado dos crimes de homicídio qualificado agravado e roubo agravado e contou ao tribunal que terá sido surpreendido pela vítima num antigo café da família, entretanto encerrado, onde entrou partindo uma janela à procura de comida e bebida.
A idosa costumava usar as instalações que ficam do outro lado da rua da casa onde habita, no lugar da senhora da Ribeira, em Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança.
O arguido alegou que, ao vê-lo, a mulher começou a gritar e que só tinha intenção de a afastar quando pegou num pau de uma vassoura com o qual a agrediu.
Reconheceu ainda que se apercebeu que a vítima estava morta e roubou-lhe os brincos e um colar.
"É verdade que roubei a vida à senhora, mas não estava sozinho, estava com o álcool", disse.
Com a confissão, o tribunal acabou por dispensar parte das testemunhas arroladas.
O arguido encontra-se em prisão preventiva e tem "extensos antecedentes criminais", incluindo o crime de homicídio. Encontrava-se em liberdade condicional há cerca de quatro meses, apôs cumprimento de pena de cadeia, quando a idosa foi assassinada.
A vítima foi descoberta morta por um irmão que deu o alerta às autoridades, contando que a encontrou caída com sinais de violência.
O suspeito foi detido poucos dias depois do crime que ocorreu num local isolado.
O indivíduo é solteiro e incorre na pena máxima de 25 anos de prisão.
Lusa