Uma câmara de provadores de azeite está em fase de constituição em Mirandela, no âmbito do projecto Terra Olea, que reúne a Edilidade local e congéneres de França e Espanha.
Uma das iniciativas desenvolvidas é a apresentação de cartas de azeite por parte dos restaurantes aderentes, abrindo caminho para a constituição de um painel que afira a qualidade dos néctares de azeitona servidos.

A novidade foi avançada ao JN pelo grão-mestre da Confraria dos Gastrónomos e Enófilos de Trás- -os-Montes e Alto Douro, António Monteiro, que também vai integrar aquela câmara. \"Para já, será um painel de provadores consumidores; com carácter certificador há-de vir também mas demora o seu tempo\", explica.

Esta câmara de provadores de azeite em formação já deu os primeiros passos na tarefa de separar o \"trigo do joio\" e \"até se saiu muito bem\", garante António Monteiro, pois os resultados foram atestados posteriormente por provadores profissionais. \"Estou convencido de que este projecto vai fazer coisas interessantes para dinamizar o sector\", assegura.

Poderá servir também para \"penalizar alguns produtores e lagareiros que não estão importados com a qualidade do produto\". António Monteiro realça que é importante que se diga às pessoas que o azeite é rançoso, sabe a mofo ou a terra, está avinagrado, etc., tal como se faz nos vinhos e noutros produtos.

O grão-mestre mostra, brincando, até onde se pretende levar o gosto pelo azeite \"O meu objectivo é que um dia as pessoas durmam com uma garrafa de azeite ao lado\". O mesmo é dizer que substituam \"a manteiga pelo azeite na torrada\" e que até possam utilizar azeite para \"fins eróticos\", diz o grão-mestre entre risos.



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