Agricultor de 74 anos morre na aldeia de Gostei ontem ao final da manhã enquanto “tirava uma pingada” do telhado de um anexo que funciona como garagem e armazém e que deixava entrar água.

 

A população de Gostei, concelho de Bragança, está em estado de choque devido à morte inesperada de um dos seus habitantes mais queridos. Conhecido por todos como sendo “muito trabalhador e amável”, o homem estava ontem de manhã a arranjar a chapa do telhado de um anexo que tem do outro lado da estrada de sua casa quando o mortífero acidente aconteceu.

“Ele estava de joelhos numa almofada em cima daquela viga de madeira, ia-se a chegar à frente, a chapa partiu e ele veio de cabeça”, começou por contar um amigo de infância ao Diário de Trás-os-Montes. De acordo com outro vizinho, o homem de 74 anos estaria a “tirar uma pingada”, isto é, tentava eliminar infiltrações de água das chuvas quando parte da chapa de fibrocimento do telhado do anexo cedeu. O que terá colocado o agricultor em queda livre de uma altura de quase cinco metros. Ao que parece, o homem terá mesmo caído de cabeça, dada a posição, de joelhos, em que se encontrava. O corpo já cadáver terá sido descoberto pela sua esposa, agora, viúva, um pouco antes da hora de almoço, entre as 11h30 e o meio-dia, altura em que esta o ia chamar para almoçar.

O alerta foi emitido logo de seguida, pouco depois das 12 horas, altura em que a GNR e uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Bragança se deslocaram ao anexo em Gostei, assim como uma viatura da VMER que decretou o óbito no local. A funerária foi também chamada e ontem ao final da tarde encontrava-se a “preparar” o corpo da vítima.

O anexo que servia de garagem e armazém, e onde tudo era guardado, desde as alfaias agrícolas, tratores, materiais de cultivo e outras viaturas, foi construído há, “no mínimo, 40 anos”, assim como as “chapas antigas” de fibrocimento colocadas no telhado, garantiu um vizinho.

“Ficou tudo aterrorizado. Desde que aconteceu ainda ninguém saiu daqui. Convivia com toda a gente este homem e foi um grande agricultor. Tinha três tratores“, assegurou um habitante da aldeia, tecendo rasgados elogios ao homem nascido e criado em Gostei e de quem era amigo há décadas.

A quantidade de pessoas presentes durante todo o dia ao redor da casa e do anexo onde teve lugar o sinistro, que quiseram, assim, demonstrar o seu apoio e a sua admiração pelo já, então falecido, e as conversas tidas pelo DTM com amigos e vizinhos denotam bem o respeito e o carinho que toda aquela gente por ele nutria.

O homem de 74 anos, feitos a 26 de março, deixa para trás a sua esposa e três filhos.
 

 

 


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