A carruagem envolvida no acidente na linha do Tua que provocou três mortos e dois feridos, a 12 de Fevereiro, vai ser removida do local durante o mês de Abril, anunciaram hoje os responsáveis pela operação.
Devido à inacessibilidade da zona, a operação vai obrigar ao desmantelamento do veículo, que será removido peça a peça, disse à Lusa o presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano.
O autarca preside também à administração do Metropolitano de Superfície de Mirandela, responsável pela carruagem sinistrada, que se encontrava ao serviço da CP.
A carruagem caiu numa ravina com 60 metros arrastando os cinco ocupantes.
Dois feridos, jovens passageiros, foram resgatados na noite do acidente, enquanto dois funcionários do metro e um da CP foram arrastados pela corrente.
O último desaparecido foi encontrado uma semana depois do descarrilamento.
As causas do acidente, alegadamente provocado por um deslizamento de pedras e terras, ainda não estão esclarecidas.
A carruagem permanece no local, um mês depois do mais grave acidente de sempre na linha do Tua, que liga a zona com o mesmo nome a Mirandela, numa extensão de cerca de 60 quilómetros.
Segundo José Silvano, os técnicos já fizeram a avaliação da zona e concluíram que a composição não pode se retirada inteira por falta de um ponto de apoio para o peso.
De acordo ainda com o autarca, devido ao estado de decomposição, a carruagem já não tem condições para voltar a circular, pelo que foi decidido que será desmantelada.
As peças serão içadas pela ravina numa operação que está prevista decorrer durante o mês de Abril, embora ainda não tenha data marcada.
O autarca disse ainda que a administração do Metro pretende realizar uma assembleia-geral até ao final do mês de Março.
Nesta reunião, os responsáveis pelo metropolitano esperam poder discutir já as conclusões do relatório da Refer, responsável pela linha, sobre o acidente.
Segundo ainda Silvano, está previsto que estas conclusões sejam entregues ao governo nos próximos dias, mas na região desconhece- se ainda qualquer conclusão oficial sobre o acidente.
De acordo ainda com o autarca, só depois de discutidas as conclusões deste relatório com o governo será conhecida uma decisão sobre a reabertura da linha no troço do acidente.
A circulação mantêm-se de comboio entre Mirandela e a Brunheda e o restante percurso, até ao Tua, é feito numa viatura de nove lugares ao serviço da CP.