Depois de recusar a protocolo apresentado pelo ministro da Saúde, a Câmara da Régua reúne-se hoje extraordinariamente para aprovar uma contraproposta que «passará sempre» pela manutenção do serviço urgência básica no Hospital Luís I, segundo adiantou ao DN Nuno Gonçalves, presidente do executivo camarário.

O autarca social-democrata recusou a proposta de Correia de Campos, discutida numa reunião realizada na passada quarta-feira, em Lisboa, por entender que \"não defendia os interesses da população e apenas era uma forma de mascarar o encerramento da urgência\".

A proposta indicava a substituição da urgência por um serviço de consultas abertas, suportada pelos médicos de família dos três centros de saúde (Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio) abrangidos pelo hospital, e que funcionaria apenas entre as 09.00 e as 24.00. \"Não íamos ter um serviço de urgência durante a noite. Além disso, os centros de saúde não têm recursos humanos para responder a esta solução e também iriam sair prejudicados. São 50 mil utentes afectados\", argumenta Nuno Gonçalves, para quem o protocolo \"não era mais que um acordo de princípios porque não pressupunha a intervenção da autarquia\".

A solução alternativa, aponta o autarca do PSD, \"contemplará sempre a manutenção do serviço de urgência básica\". A receptividade do ministro é uma incógnita. \"Na reunião, disse que estaria aberto a alterações. Mas não sei. Se o ministro quer encerrar, que assuma a responsabilidade\", disse Nuno Gonçalves, acentuando que a sua posição não é política mas sim em defesa dos interesses do concelho: \"Temos um estudo técnico, entregue ao ministério, em que o Hospital Luís I assume todos os critérios para ter em funcionamento um serviço de urgência básica.\"

Macedo de Cavaleiros, Espinho, Montijo, Fafe, Cantanhede e Santo Tirso são os seis municípios que assinaram com o Ministério da Saúde protocolos com vista à reestruturação da rede de urgências.

Macedo de Cavaleiros vai manter no concelho um serviço de urgência básica (SUB). Em comunicado, a autarquia de Macedo de Cavaleiros explica que, ao abrigo do protocolo, a Urgência do Hospital de Macedo de Cavaleiros, contrariamente ao proposto no estudo de reformulação das urgências, não irá encerrar passando a funcionar um serviço de urgência básica (SUB). A partir de Outubro, será também instalada uma unidade de convalescença.



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