O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte (STIHTRSN) acusou hoje a Solverde de substituir trabalhadores em greve no casino de Chaves com trabalhadores de Espinho, algo que a empresa não quis comentar.

"O que nós estamos aqui a falar é que todas as bancas do casino, portanto, nas salas de jogo tradicionais, os trabalhadores estão todos em greve, são cerca de 25 trabalhadores", disse à Lusa, por telefone, o dirigente do STIHTRSN Francisco Figueiredo.

De acordo com o sindicalista, "o casino está a funcionar sem jogo tradicional", e para a realização de um campeonato de póquer, "a empresa contratou trabalhadores que vieram de Espinho para assegurar o serviço".

"Está a funcionar ilegalmente", disse à Lusa Francisco Figueiredo, acrescentando que "de acordo com a lei, a empresa não pode substituir os trabalhadores em greve por trabalhadores que não pertençam ao estabelecimento".

Para o responsável, "se a empresa cumprisse a lei, hoje teria que anular o campeonato de póquer que está a decorrer neste momento".

A Lusa contactou a Solverde, operadora do casino de Chaves, que não quis fazer qualquer comentário.

O dirigente do sindicato nortenho disse ainda que "a empresa recusa o diálogo e a negociação, recusa negociar a contratação coletiva, mas fundamentalmente paga o salário mínimo nacional aos trabalhadores".

"Se comparados com os casinos de Lisboa, do Estoril ou da Póvoa [de Varzim], a empresa paga, de facto, cerca de metade do que as outras empresas pagam", disse à Lusa, falando ainda na ausência de subsídios noturnos, de turno, ou baixo pagamento de feriados.

Francisco Figueiredo afirmou que "a adesão é muito grande" e "nunca o setor bancado, de jogo tradicional, fez uma greve assim tão longa", recordando que, no total, desde maio, os trabalhadores já vão no 11.º dia de paralisação.



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