O pastoreio tradicional pode estar em vias de sofrer uma revolução. Um grupo de seis investigadores da UTAD está a desenvolver um sistema que, através de câmaras de vigilância e sensores, permitirá monitorizar os rebanhos e os pastos. O projecto vai ser testado numa freguesia de Sabrosa.

Seis investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) estão a desenvolver um sistema que vai permitir monitorizar rebanhos e os próprios pastos, através de sensores e câmaras de vigilância, que serão integradas na paisagem, de forma a não serem detectadas.

Um dos objectivos do projecto será, por exemplo, monitorizar qual o melhor pasto a ser utilizado numa determinada altura do ano, sem que o pastor tenha de andar quilómetros com os animais à procura do melhor local para apascentar os animais, uma vez que com a monitorização dos campos, os pastores ficam a saber a qual local para onde se deve dirigir.

Outra das hipóteses em cima da mesa é criar portões electrónicos que permitam a abertura remota e a passagem do rebanho de um local de pastoreio a outro, sem que o pastor tenha de se deslocar ao terreno.

Mas há mais. Numa primeira fase, os investigadores irão vigiar o crescimento da vegetação e, num segundo momento, prevêem mesmo passar para a vigilância do comportamento do rebanho, colocando uma balança integrada numa zona de passagem. Deste modo, ficarão a saber o peso dos animais e poderão determinar aqueles que estão prontos para ser abatidos.

Em Sabrosa, existem cerca de 20 pastores, e os rebanhos não excedem as 200 cabeças de gado.

Com este projecto, a autarquia pretende desenvolver a criação pecuária no concelho.

O projecto está prestes a seguir para o terreno e será testado, dentro de sensivelmente dois meses, na freguesia de Paços, em Sabrosa.

Mas este projecto permite também prevenir incêndios, uma vez que as câmaras que irão monitorizar as áreas, servirão também para detectar, precocemente, focos de incêndios.



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