Um reunião entre o INEM e os bombeiros do distrito, promovida pelo governador civil, vai servir para esclarecer as queixas de demora ou falta de resposta a emergências médicas. Os protestos das populações têm-se avolumado e é preciso pÎr cobro à situação.
O governador civil de Bragança, Jorge Gomes, vai reunir responsáveis pelo INEM e bombeiros para esclarecer queixas de demora ou falta de resposta a emergências médicas no distrito, disse o representante regional do Governo.
De acordo com o governador, o encontro ainda não tem data marcada, mas surge na sequência de relatórios dos bombeiros que lhe chegaram nos últimos dias a dar conta da recusa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) em enviar ambulâncias para três ocorrências, que vieram a revelar-se graves.
As queixas da população e dos bombeiros em relação ao INEM arrastam-se há mais de um ano, desde que o centro de orientação de doentes urgentes (CODU) foi centralizado no Porto, mas as ocorrências dos últimos dias merecem, na opinião do governador civil, uma análise. A primeira situação refere-se a um aluno de uma escola da cidade de Bragança que sofreu uma fractura exposta numa perna, no dia 18 de Outubro, não tendo o INEM considerado tratar-se de uma emergência médica.
A mesma decisão foi tomada em relação a uma criança que frequentava a Obra Social Padre Miguel, também em Bragança, e sofreu ferimentos nos órgãos genitais, assim como a um sinistrado num acidente de tractor num aldeia da região. O governador disse já ter pedido relatórios sobre as ocorrências ao INEM, assim como uma reunião com os responsáveis do instituto para discutir o assunto.
Jorge Gomes pretende ouvir também os bombeiros, o que deverá ocorrer já na segunda-feira, e promover posteriormente um encontro entre as partes para
discutirem o problema. O governador realçou não ter uma posição sobe o assunto por considerar que é necessário, para já, fazer um levantamento das situações e, só depois, tirar conclusões. Desde Junho de 2004 que as chamadas para o 112 oriundas de toda a região Norte são encaminhadas para um central, o CODU, no Porto, onde é feita a triagem das ocorrências.
Anteriormente as chamadas eram encaminhadas para a corporação de bombeiros da zona da ocorrência, que decidia o procedimento a adoptar perante as situações comunicadas. Pouco tempo depois de o novo sistema entrara em vigor, bombeiros, profissionais da saúde e utentes começaram a queixar-se de que o serviço o serviço de emergência estava mais lento no distrito de Bragança e não tinha em conta a realidade social regional.
O INEM justificou a alteração com a necessidade de melhorar a resposta às ocorrências, colocando do outro lado da linha um profissional que fornece orientações, e também a conveniência em fazer a triagem das verdadeiras emergências médicas.