A zona de Jogo Vidago/Pedras Salgadas vai mesmo ser explorada pelo grupo Solverde, o segundo maior concessionário de casinos em Portugal, conforme já tínhamos anunciado. No entanto, o contrato entre a concessionária e o Estado só será decretado em Diário da República no início do próximo ano. A vitória da Solverde, que concorria unicamente com a Figueira-Praia, de Américo Amorim, prendeu-se com o valor da contrapartida financeira anual a entregar ao Estado.

Com uma taxa de 15,1 por cento sobre a receita bruta anual de jogo, a proposta da Solverde conseguido superar a da Figueira-Praia, que oferecia apenas 12,6 por cento, sendo o valor mínimo da compensação exigida pelo Governo de 10 por cento.

Agora o grupo vencedor, terá de construir o casino e um hotel, com pelo menos 70 quartos e com classificação de quatro estrelas ou superior. O investimento previsto ronda os 8,5 milhões de contos. Segundo o director financeiro da Solverde, Fernando Reis, a zona de jogo Vidago-Pedras deverá começar a funcionar em finais de 2003.

Localização por definir

Ao contrário da empresa perdedora, que se ganhasse o concurso só estaria disposta a construir o casino em Chaves, a Solverde segundo o mesmo responsável, ainda não decidiu onde vai ficar localizado a futura sala de jogos. "Ainda não definimos a localização. Poderá ser em qualquer um dos seis municípios do Alto Tâmega. Só agora é que vamos começar a estudar o assunto", explicou Fernando Reis.

Recorde-se que para que o casino fosse instalado no seu concelho, já houve quem a título particular e sem qualquer contrapartida financeira, tenha disponibilizado um terreno para a sua construção. O benemérito é Joaquim Ferreira, natural das Pedras Salgadas, e ex-vereador da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar. Há mais de um ano, e por ter sido na vila das Pedras Salgadas onde, desde 1910 a 1948, já funcionou um casino, Joaquim Ferreira, numa carta enviada às duas empresas concorrentes comprometeu-se a oferecer uma propriedade sua, com cerca de 20 mil metros quadrados, para a construção do referido casino.

O município onde vier a ficar instalado a sala de jogos irá receber 25 por cento da contrapartida anual sobre o lucro bruto do casino (15,1%) e os outros cinco concelhos dividirão entre si, os restantes 75 por cento. Refira-se, contudo, que a percentagem da contrapartida não entrará directamente nos cofres das autarquias em causa. Esse dinheiro será atribuído pelo Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo e destina-se a financiar ou subsidiar obras e acções de promoção e animação com declarado interesse turístico a realizar na área do Alto Tâmega.

O período de concessão da zona de jogo Vidago-Pedras à Solverde é de 25 anos. No final da concessão, o casino reverte a favor do Estado, ficando a Solverde com o hotel.



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