O «Tio Joaquim» é apenas um dos gaiteiros que dá corpo à compilação «bi benir l Gaita», um CD que imortaliza os sons tipicamente rurais que vão caindo no esquecimento por terras de Miranda e Vimioso.

A beleza do instrumento perdura no tempo, mas os rostos de quem transborda alegria quando entoa as músicas tradicionais estão, cada vez mais, vincados pelos sinais do tempo que vai passando ano após ano.
Esta compilação musical, concebida após horas a fio de trabalho de investigação, recolha e edição, guarda sons que foram entoados há mais de três décadas, em momentos e contextos distintos.

A antiguidade de alguns fonogramas levam Jorge Lira, o mentor deste trabalho, a ter algumas dúvidas quanto à autoria e época das gravações, mas a investigação aponta para que os sons mais antigos tenham sido recolhidos em Duas Igrejas (Miranda do Douro), entre 1960 e 1970.

Entre as faixas do CD encontram-se melodias mais antigas, como as do Tio Monteiro, em Cércio, do Tio Pascoal, de Agostinho Baldaia e José João Almeida. Já as gravações feitas ao «Ti Joaquim», no Natal de 1988, em S. Joanico (Vimioso), são registos únicos deste «Homem Gaiteiro».

A edição foi feita com todo o cuidado, para que fosse possível retirar os ruídos de fundo sem distorcer, adulterar ou modificar a realidade e a autenticidade das gravações.
Para que estes sons se mantenham na memória, o CD foi deliberadamente produzido para ser distribuído pela Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA).



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